sexta-feira, 16 de março de 2012

"Se sobre a Terra algo existe do Céu, sem dúvida é o prodigio da maternidade" .

    A chamada " Revelação da Revelação" obra extemporânea lançada por Roustaig em 1866, quando sequer a Codificação estava concluída, se invalida no que se possa conter de aproveitável do ponto de vista doutrinário por defender o dogma da virgindade de Maria, como se, repetimos, o sexo fosse algo execrável.
    Há vinte séculos, Atanásio venceu Ário, mas, agora, Roustaing não pode prevalecer sobre Kardec! Jesus Cristo nasceu de Maria e José, que se uniram sexualmente, sendo que ambos, posteriormente, vieram a ter outros filhos. A maternidade, tanto quanto a paternidade, é sublime missão. A mulher, quando se faz mãe, deixa de ser apenas Terra e carrega consigo alguma coisa do Céu.
    Jesus é igual ao homem e semelhante a Deus - o Modelo possível de ser alcançado! -, e não ao contrário. Maria de Nazaré não representou aos pés da cruz, vertendo lágrimas por um agênere...A grandeza real do Cristo está na sua condição humana e não na sua suposta divindade.
    A respeito  do pretenso, corpo fluídico de Jesus, de inicio deixe-me dizer-lhes que sempre  a achei a mais absurda das idéias; não houve nenhuma encenação no Calvário e, com o devido respeito, a maternidade de Maria não foi qualquer demérito para o seu espírito iluminado... Se sobre a Terra algo existe do Céu, sem dúvida é o prodigio da maternidade .

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Por Amor ao Ideal"

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