" Casualmente descia um sacerdote por
aquele mesmo caminho e vendo-o pas-
sou de largo.' (lucas, cap.10 - v.31)
O acaso é a incompreensão que ainda possuímos das Leis que regem certos fenômenos da Vida.
Na Parábola do Bom Samaritano, contada por Jesus, o sacerdote não se conduziria por qualquer caminho, sem o dever de auxiliar - era sua obrigação estar sempre pronto para estender as mãos aos necessitados.
Por ter sido o primeiro a se deparar com o homem caído na estrada, foi, igualmente, o primeiro a ser convidado a prestar~lhe socorro.
Tendo sido escolhido, negou-se a ser instrumento da Divina Misericórdia.
Ele, portanto, ainda que estivesse atrasado para oficiar no templo, não poderia relegar o cumprimento de semelhante tarefa a quem por ali depois passasse.
Caso aquele homem viesse a perecer, em consequencia da agressão sofrida, a culpa da omissão poderia lhe transformar em responsabilidade pelo seu desenlace.
A intercessão do bom samaritano, que prontamente agiu, evitou que o mal perpetrado pelos salteadores e a indiferença do sacerdote e do levita se consumassem em toda a sua extensão.
Vejamos que, não raro, basta um único gesto no bem para impedir que determinado problema se equacione sem tantas agravantes para os que nele se encontram envolvidos.
Ainda que diminuta, uma atitude positiva em favor de alguém pode gerar benefícios tais, que aquele que a pratica está longe de calcular.
Mas, por outro lado, gerada por um curto-circuito, uma única faísca pode ocasionar um incêndio de proporções inimagináveis.
Não acreditemos, pois, que a Lei venha nos solicitar contas apenas pela oportunidade que não sabemos aproveitar para sermos úteis, porque o descaso no cultivo do bem é a nossa maior contribuição para que o mal, à feição de erva daninha, continue a se propagar, sorrateiro, ocupando todo o espaço que o nosso comodismo lhe venah disponibilizar.
Dr. Inácio Ferreira - do Livro "O Jugo Leve"
Nenhum comentário:
Postar um comentário