"Digo-vos que toda palavra frívola
que proferirem os homens, dela darão
conta no dia de juízo... " - ( Mateus, cap.
12 - v.36)
Se de uma única palavra frívola, dita sem maiores consquências, os homens haverão de prestar contas, como será, então, com as suas atitudes, na mais discreta de suas ações?
O versículo anotado pelo Evangelista deixa implicito que o espírito não se redimirá completamente, enquanto não se desfizer da menor nódoa de culpa que lhe macule a consciência.
Portanto, não permaneçamos atentos apenas à infração que nos pode comprometer grandemente perante a Lei - não descuidemos das faltas menores que, uma vez cometidas, somadas umas as outras, terminam por se traduzir em enorme prejuizo.
Uma palavra ofensiva pode ser a origem de graves problemas que requisitarão profundos sacrificios a fim de que sejam devidamente equacionados.
Um descuido qualquer no trânsito, por exemplo, pode ceifar vidas preciosas e interromper o curso do aprendizado dos que vieram a lhe sofrer as consequências.
Enquanto troxermos em nós o menor traço de treva, nos revelaremos incapazes de refletir toda a claridade da Luz.
O bem genuíno não guarda o mais tênue vinculo com o mal.
Procuremos não contemporizar com as próprias mazelas morais, a pretexto de, sob a nossa ótica, serem elas de importância secundária, em face dos resultados positivos do trabalho que desenvolvemos.
Quando os efeitos colaterais de determinado medicamento são mais numerosos que os beneficios que nos pode prestar a saúde, a sua prescrição não está indicada.
Quase sempre, são os erros que o homem se permite cometer a varejo que o fazem assumir pesados compromissos a serem saldados por atacado, na multiplicidade das provas que se levantam por obstáculos às suas aspirações de felicidade e paz.
Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
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