sábado, 31 de março de 2012

ATUALIDADE

                                                "Porquanto se levantará nação contra
                                                nação, reino contra reino e haverá fo-
                                                mes e terremotos em vários lugares..."
                                                - (Mateus, cap. 24 - v. 7)

      As palavras de Jesus, ditas há quase dois mil anos, soam, nos dias que correm, com impressionante atualidade.
      A Terra vem reagindo às constantes agressões sofridas  pelo homem e parece revolver-se em suas próprias entranhas.
      A superpopulação do Planeta - contando sete bilhões de almas! - com má distribuição de renda e a exploração dos países pobres pelos países ricos, com a corrupção de permeio, nos leva a deduzir que, dentro em breve, a fome, que hoje assola mais de um bilhão de pessoas, fará maior número de vítimas.
     Os países, defendendo pontos de vista exclusivistas, infelizmente, não se entendem e, sob o pretexto de defenderem a sua soberania territorial, se armam para a guerra, dando mostras do primitivismo humano.
     As crenças religiosas que, unidas, deveriam empenhar-se em oferecer ao homem suporte espiritual - salvando a Humanidade do abismo do ceticismo a que ela se lança - , na exploração mercenária da fé, estão se convertendo em empresas que objetivam lucro financeiro.
     O próprio Espiritismo, através da infiltração das trevas, não vem escapando ao caos de ordem moral que intenta a derrocada dos valores da civilização, conspirando contra a libertação espiritual da criatura encarnada.
     Não duvidemos que, em tempo muito menor, venha a suceder a Doutrina Espirita o que aconteceu ao Cristianismo, que, por escusos interesses, teve a sua mensagem deturpada a partir de concessões feitas ao paganismo.
      A fim de permanecer como fiel guardião do Evangelho, que é sua tarefa precípua, o Espiritismo, sob qualquer pretexto, não deve envolver-se em disputas pelo poder transitório e tampouco fugir à simplicidade que norteia a sua prática.
      Neste sentido, apelamos aos companheiros de Ideal para que, renunciando a si mesmos, não se esmerem tanto na organização de suas instituições quanto devem esmerar-se na vivência cotidiana dos Princípios que abraçam e que, sem dúvida alguma, resumem, sobre a Terra, as melhores esperanças do Cristo em relação ao futuro da Humanidade.

Dr. Inácio Ferreira do livro "O Jugo Leve"

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