sábado, 30 de junho de 2012

ÉPOCA DIFÍCIL - TEMPO DE VIGILÂNCIA REDOBRADA!

      Não resta dúvida de que os homens se encontram vivenciando na Terra, uma época de muitas dificuldades - época de difamações, de descrença, de degradação dos valores, de constante desafios à fé em Deus.
      O Espiritismo não poderia estar isento de semelhante convulsão que agita as entranhas morais da Humanidade.
      Através da Internet, acusações levianas e ataques maledicentes não poupam os companheiros mais bem intencionados.
      No fundo, o que se deseja é fazer com que o homem retroceda e, de uma vez por todas, desista de ser honesto e de ser bom!
      As trevas, com seus representantes encarnados e desencarnados, estão, sim, por trás de tão sombrias articulações, que objetivam desmoralizar a religião e mergulhar o homem no materialismo.
      Não é do nosso feitio transferir para os mortos a responsabilidade que pertence aos vivos, todavia forçoso é admitirmos a inegável ação das entidades desencarnadas que sistematicamente, vêm se opondo às conquistas da civilização, com o intuito de impedirem o avanço espiritual da criatura encarnada.
      O profetas do pessimismo e da incredulidade, agindo sorrateiramente, nos bastidores da Vida, estão a inspirar os que se lhes tornam "instrumentos" da vontade, arrasando as expectativas do homem em relação à sobrevivência do espírito.
      Haja o que hover, é indispensável que nos fortaleçamos contra as artmanhas dos espíritos adversários do Cristo, que prosseguem conspirando contra a edificação do Reino de Deus sobre a Terra.
      O tempo que a Humanidade atravessa exige vigilância redobrada!
      Não nos afastemos da oração, da reflexão sadia e, sobretudo da tarefa enobrecedora.
      Evitemos ceder espaço mental ao desalento e à tentação que, não raro, se nos insinuam aos ouvidos através da palavra leviana que alguém nos sussurra em tom confidencial.
      Comprendamos as fragilidades dos companheiros e não exijamos deles o que nós próprios ainda não somos, em matéria de perfeição.
      A Terra, orbe de expiações e provas, ainda é um planeta com muitos traços de primitivismo, e não será sem muito trabalho que conseguiremos fazer com que ela se eleve na hierarquia dos mundos.
      Assim, não nos permitamos escandalizar-nos pelo noticiário deprimente ou pela incoerência daqueles que nos servem como ponto de referência na caminhada.
      Todo testemunho é individual e, se a porta é estreita, é porque cada qual será chamado a atravessá-la solitariamente.
      Não priorizemos o conhecimento sobre o Amor, porque, nas atuais circunstâncias, somente o Amor a Deus e ao próximo será capaz de salvar-nos do naufrágio quase coletivo, ante as ondas furiosas que se arremetem contra a embarcação de nossa mais caras esperanças.
      Não nos deixemos abater e sigamos confiantes em que o Cristo, de mãos firmes, prossegue no leme!
      Infelizmente, porém, quem não souber fazer-se surdo à cantinela das trevas, nesta época de grandes dificuldades que o Espiritismo faceia, rolará por terra, para encher-se de desencanto e, mais tarde, em circunstãncias quiçá mais dificeis, começar tudo outra vez!

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"
             

ESPIRITISMO É UMA DOUTRINA ANTIGA.

      Alguns estudiosos afirmam que a magia, nome que deriva dos sacerdotes da antiga Pérsia, denominados "magi" tenha surgido com Zoroastro, ou Zaratustra, que, aliás , consideramos como avatar - palavra que descendo do sâncrito - da Espiritualidade Superior. Zoroastro que viveu entre o VI e o VII século a.C. foi autor do livro Zend-Avesta, ou "Livro da Ciência e da Sabedoria"
      Continuando a explanação o Dr. Odilon perguntou provocativo a Domingas e ao Dr. Inácio.
      Vocês sabiam que Zoroastro era espírita?
      - Hem?! Doutor Kardec nem havia nascido!
      Digamos que sim e não respondeu Odilon - Zoroastro era médium! Pregava a reencarnação! Admitia a obsessão! Referia-se às diversas dimensões do Mundo Espiritual! Segundo o grande profeta persa, o dever do homem era tríplice: "Fazer do inimigo, amigo; fazer do iníquo, justo; fazer do ignorante, instruido"! Ele era ou não espírita?
      - De fato existe certa semelhança com o que o Espiritismo prega. Daí, os Espíritos superiores terem dito a kardec ser a Doutrina Espírita tão velha quanto o mundo!
      Sem ser Espírito Superior, eu vou mais além: tão velha e, ao mesmo tempo, tão jovem quanto ao próprio Criador - ou seja: eterna! O Espiritismo tem a idade do Universo, porque é o conjunto das leis Naturais, que, aos poucos, irão se revelando aos homens!
      Na maxima: "Fora da Caridade não há salvação" estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra,  porque à sombra deste estandarte eles viverão em paz: no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão.
      Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à minha direita, benditos de meu Pai, que deram de comer aos que tinham fome, agasalharam os que tinham frio e amaram ao próximo como a si mesmos.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Trabalhadores da Última Hora"

sexta-feira, 29 de junho de 2012

NÃO DESPREZEMOS

"Pode porventura um cego guiar a outro
cego? Não cairão ambos no barranco?"
- (Lucas, cap. 6 - v. 39)


      Não procuremos a indicação do caminho a trilhar com quem não consegue enxergá-lo, com nitidez, em todos os seus contornos.
      Não exijamos de nossos semelhantes além da capacidade que possuem de nos oferecer de si mesmos.
      Quando, no entanto, em dúvida quanto a certas decisões a serem tomadas, não desprezemos a experiência de quem já tropeçou e caiu.
      Não há quem possa ensinar sobre o que não tenha aprendido.
      É evidente que, consoante a palavra do Cristo, um cego não pode guiar outro, mas nada há que o impeça de falar ao amigo os perigos de se aventurar, no escuro, em estrada desconhecida.
      Não desconsideremos a vivência dos companheiros que - à custa de dissabores e reveses sofridos -, se transfiguraram em advertências vivas a quem preza viver de maneira insensata.
      Quem nunca chorou não consegue ser consolo para ninguém.
      Quem jamais passou fome não avalia o valor de um pedaço de pão para o faminto.
      Aprendamos a ouvir os que não nos falam com a autoridade da virtude que ainda não conquistaram, mas com a dor que trazem no espírito pelos erros que apenas passaram a identificar depois de muitas desilusões.
      Foi justamente quando, estando a expiar no madeiro, provou o amargo fel da ingratidão humana, que o Cristo falou a respeito do perdão com incomparável sublimidade.
      Ouçamos o que tem a nos dizer o homem de caráter ilibido, que desde o berço, não cometeu o menor deslize em sua trajetória, mas quanto possível, escutemos também aquele que, sob o equívoco de suas mazelas, tantas vezes, enveredou por atalhos inconvinientes, sem desistir de ratificar os passos na caminhada.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TOLERÂNCIA RELIGIOSA E MEDIUNICA

"Pois quem não é contra nós é por nós"
- Marcos, cap.9 - v.40


      A lição de Jesus sobre tolerância religiosa tem sido esquecida por muita gente.
      E não nos reportamos apenas àqueles que, inadvertidamente, combatem os que pertecem a outras crenças, mas também, e pricipalmente, aos que, por inflexibilidade de opinião, se opõem aos próprios companheiros de fé.
      Numa época na qual, infelizmente, existem muitos médiuns por aí, no Brasil e do Brasil para mundo, considerando-se na condição de... "semideuses", vale a pena meditarmos em alguns trechos da página intitulada "O Médium Ideal", que Odilon Fernandes, devotado amigo da Vida Maior, escreveu em seu mais recente livro:  "O Transe Mediúnico".
      "É inegavel que, do ponto de vista intelectual, os espíritos prefiram como médiuns aqueles que lhes possam atender às expectativas para o que pretendem transmitir. Porém, entre um instumento intelectualmente bem equipado, mas destituido de coração e outro com nítidas limitações intelectuais, todavia rico de sentimentos, escolhem o segundo. 
       O Cristo veio ao mundo para edificar o Reino Divino a partir do coração das criaturas e não propriamente de seu cérebro.
       É preferível um médium que ama a outro que apenas conhece.
       A rigor, para seguir a Jesus Cristo, ninguém carece de se filiar a qualquer crença formal, ou ser médium basta-lhe, que vivenciem o amor que ele nos ensinou.
       Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmo, sendo generosos e caridosos sem ostentação, isto é fazei o bem com humildade.

Dr. Inácio Ferreira trechos dos Livros "Saúde Mental À Luz do Evangelho" e "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

domingo, 24 de junho de 2012

SIGAMOS ADIANTE

"Adimirou-se da incredilidade deles.
Contudo percorria as aldeias circunvizi-
nhas, a ensinar." - Marcos, cap.6 - v.6


      Jesus se admira da incredulidade que encontrou em Nazaré, onde se instalara na companhia de sua família, logo que retornaram do exílio no Egito.
      O Evangelista narra que "não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos."
      Vejamos como a receptividade é importante para que possamos colher as bênçãos do Alto.
       Mesmo Jesus pouco pôde fazer em favor daqueles que, em matéria de fé, quase nada lhe ofereciam.
       Não nos aborreçamos, pois, quando as nossas expectativas espirituais se fustrem junto àqueles de nossa casa ou de nossos círculos afetivos mais próximos.
       Não logrando o êxito esperado em Nazaré, Jesus foi percorrer as aldeias vizinhas...
       O Mestre, ao iniciar a pregação da Boa Nova, não deixou de ser fiel á cidade que o acolhera como filho. Mais tarde, ninguém poderia acusá-lo de ingratidão para com suas origens.
       Os que amamos nem sempre estarão aptos a comprender as nossas opções de crença, com abraçarem conosco os novos ideais que elegemos para a vida.
       Não deixemos de amá-los por conta daquilo que, em nós, ainda não consigam amar e aceitar de imediato, mas, por outro lado, não nos detenhamos na caminhada a esperar, indefinidamente, que eles se disponham a nos acompanhar.
       Ante a sua impossibilidade momentânea, sigamos adiante com Jesus.

       Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

terça-feira, 19 de junho de 2012

O ESPÍRITA VERDADEIRO

      O espírita verdadeiro, identificado que seja com o Evangelho, é gente muito boa.
      É gente humilde, simples, incapaz de magoar a quem quer que seja.
      É gente que não derruba a quem, com dificuldade, esteja procurando se firmar de pé, nem se nega a estender a mão a quem lute para se levantar da queda.
      É gente que não abre a boca para proferir o menor comentário desairoso sobre os outros, consciente que se encontra de suas imperfeições.
      É gente que não faz insinuações maledicentes, não agride, não acusa, não faz campanhas difamatórias contra ninguém.
      É gente diuturnamente preocupada com o bem que possa fazer aos semelhantes, não desperdiçando o tesouro do tempo com o que não lhe mereça a aprovação da consciência.
      O espírita sincero é gente que fica triste quando não consegue adequar as próprias atitudes ao brilho de seu discurso.
      É gente que sabe que não basta saber, porque amar, sim, é imprescindível!
      É gente que não disputa o poder, que não ambiciona ganho pessoal abusivo, que não busca vencer à custa do fracasso de quem elege por rival de suas aspirações.
      É gente que não se mancomuna com o mal e que, por mais proveitosa, rejeita toda aliança com as Trevas.
      É gente que costura para os pobres, que faz sopa, que providencia remédio para os doentes... É gente que dá passes - é gente que ora! É genteque ainda acredita no poder do copinho de água magnetizada... É gente que escreve o nome de alguém no caderno de vibrações do centro espírita, rogando a intercessão do alto em favor desse alguém!
      É gente alegre, dessa alegria boa que contagia o coração de todos, e que os leva a sorrir, mesmo quando queiram permanecer de cara trancada.
      É gente espontânea, que , a procura do essencial, não se perde nos detalhes.
      O espírita que tenta fazer jus à sua condição de discípulo da verdade, é gente da qual todos, sentem tanta falta - quando desencarna ou quando, simplesmente, se vai de nossa presença, privando-nos de sua luz e de sua bondade.
      É gente que nos dá segurança, que nos alimenta a fé, que nos incentiva a sermos melhores do que somos...
      É gente que nos olha com ternura e, sem uma única palavra, embora se esforçando para aparentar pequenez, nos faz perceber de quanto precisamos ainda crescer para sermos qual ele ou ela é.

                                                                 
                                                                 * * *

      Eu tive a felicidade de conhecer alguns espíritas assim, desses que me parecem cada vez mais raros entre nós, mas que - graças a Deus! - ainda existem!
      São difíceis de encontrar, porque não aparecem nos jornais, não se mostram na televisão, não disputam cargos de liderança - até na maneira de se trajar são anônimos! Chamam-se simplesmente José ou Maria, Aparecida ou Joaquim, Teresa ou Chico...
      Ah!, por falar em Chico, eu conheci um que era uma "estrela", mas passou a vida inteira repetindo que era um "cisco"...
      Você o conheceu? Não! Que pena! Até aqui, onde estou agora, eu tenho saudades dele!...
      O Espiritismo, na Terra, sem ele, ficou pobre!

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

domingo, 17 de junho de 2012

FLAGANTE ESPIRITUAL

"... e perguntou-lhe:  Amigo, como en-
traste aqui sem veste nupcial? E ele emu-
deceu." - (Mateus, cap. 22 - v.12)

      Na Parábola das Bodas, Jesus narra o constrangimento pelo qual passou um homem que não se encontrava trajado a rigor para a festividade. Por não estar vestido com a roupa nupcial, o rei ordena aos seus serventes: "Amarrai-o de pés e de mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes."
      Como terá aquele desconhecido enganado a vigilância dos servos do rei e conseguido acesso ao recinto onde as bodas de seu filho estavam sendo realizadas?
      O episódio nos leva a pensar que, pelo que aparentamos ou pelo esmero com que nos disfarçamos, podemos passar, durante algum tempo, sem que sejamos percebidos pelo que realmente somos.
      Podemos, mesmo, chegar a ir muito longe, em nossa tentativa de burlar o julgamento de quantos permanecem à espreita de nossos menores movimento.
      Aquele homem ludibriaria sentinelas atentas, mas não escapara à perspicácia do rei que, percebendo a desonesta manobra, lhe perguntou pelas credenciais que ele não possuía - não estava trajado a caráter para cerimônia de tal envergadura!
      Muitos de nós poderemos, sim, pela nossa capacidade de camuflagem ou mimetismo espiritual, lograr acesso aos sagrados territórios do espírito, como se ali estivéssemos por méritos que, em verdade, não possuímos.
      Notemos, porém, que, antes que as bodas do filho do rei começassem a ser celebradas, inspecionando, meticulosamente, a todos os que estavam à mesa, sem dificuldade alguma, ele flagou o penetra e ordenou que dali fosse retirado.
      Não houve sequer oportunidade  para que ele tentasse se justificaratravés de palavras bem urdidas, tão comuns aos teóricos das letras do Evangelho.
      Porque, surpreendido em seu propósito infeliz, ele simplesmente emudeceu.
      Assim acontecerá com todos aqueles que, por suas obras e tão-somente por elas, não se fizerem portadores da senha de luz que lhes garantirá participar das alegrias e bem-aventuranças na Vida além da morte.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
   
     
     

sexta-feira, 15 de junho de 2012

VIGILÂNCIA

      Os distúrbios nervosos são os maiores fatores de desequilíbrio para um lar, para uma nação, para o Mundo terreno.
      Constituem a preocupação máxima para o corpo médico de qualquer parte, requerendo cuidados constantes dos famíliares, do governo e da sociedade.
      Os Sanatórios especializados, as clinicas, casas e hospitais de recuperações de vicíados, os  consultórios psiquiatricos e de psicologia vivem repletos, e em maior número, ainda, perambulam pelas ruas ou vivem isolados em casa, por falta de amparo.
      Numerosas causas concorrem para esses desequilíbrios - causas perfeitamente aceitas e estudadas.
      A principal, todavia, ainda não é aceita e pesquisada pela Psiquiatria humana porque o convencionalismo religioso ainda é fator para pertubar a sua caminhada e névoa a toldar a sua vista, fazendo com que se desoriente no dédalo imenso do sofrimento humano.
      Essa causa é a reencarnação.
      Sem os recursos por ela oferecidos, a traça da imcompreensão e dos desentendimentos continuará na sua destruição lenta mas inexorável, corroendo os lares - célula mater da nação e do Mundo Terráqueo, requerendo cuidados contínuos   para proteger o alicerce, sempre ameaçado da tranquilidade  e do bem estar.
      Reencarnação - eis o tratado onde a Psiquiatria encontrará as causas e os medicamentos necessários para glorificação da sua luta, nos dias de hoje, sustentada pelo Espiritismo que, qual padioleiro Divino, vai arrebanhando no campo da luta das provações, os que tombam vítimados pelo cansaço, pelo desepero e pela revolta.
      O que, no momento, não pode ser oferecido pelos laboratórios humanos, é provido pelos laboratórios do espaço nos quais os fluidos do sofrimento e da dor, elaborados, nas ruas retortas, são transformados e devolvidos em fluidos luminosos que, iluminando as consciências, levam o homem a conhecer a sublime verdade da sua reforma íntima.
     Séculos e séculos reencarnando e desencarnado sem adquirirmos a n  tão necessária reforma e evolução moral, vamos acumulando doenças que nos arrastão aos subterfugios das nossas próprias sombras, onde colonizaremos obsessões dificeis de serem tratadas.
     Ainda está em tempo de modificarmos este circulo vicioso no mal, consciêntizando-nos nesta reencarnação que só o Amor e a Caridade ao próximo, suprirá todas as nossas necessidades de  caminharmos em direção, da Luz Divina.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Psiquiatria em Face da Reencarnação"

quinta-feira, 14 de junho de 2012

RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE

'Ao passo que os filhos do reino serão lança-
dos para fora, nas trevas: ali haverá choro e
ranger de dentes." - Mateus, cap. 8 - v.12



      Não creiamos que possamos atingir as cumeadas da evlução espiritual, conduzidos apenas pela fé, em sua expressão formal.
      No texto acima, Jesus é claro ao dizer que os "filhos do reino", ou seja, os que se supunham em condições de vantagem sobre os demais, inclusive sobre os céticos, "serão lançados para fora"...
      Em um homem comum, que era centurião, o qual recorreu aos préstimos do Senhor em favor de um criado paralítico, o Mestre afirmou que nem mesmo em Israel havia encontrado uma fé como aquela!
      É óbvio que as suas palavras contrariam profundamente os doutores da lei, que, lotando as sinagogas, viviam debruçados sobre os pergaminhos, discutindo as escrituras sagradas, com esquecimento de seus deveres fundamentais em relação ao próximo.
      A questão não é de religião mas, sim, de religiosidade.
      A fé que não se traduz em ação é simples rótulo.
      Enquanto os que seguiam Jesus, talves estivessem a pleitear bençãos para si, com exclusividade, aquele soldado romano, que não se considerou digno de recebê-lo em sua casa, o procura para interceder por anônimo servo de família.
      A nossa adesão a esta ou àquela confissão de fé, por mais avançados os princípios filosóficos nos quais se alicerça, pouco significa, caso não venhamos a vivenciá-los em espírito e verdade.
      A condição de cristãos nos impõe muito mais deveres que direitos.
      Em parte alguma do Universo, poderemos algo reivindicar fora do mérito que nos reflete as convicções profundas.
      Por mais fervorosa nos seja a fé, o essencial é que sejamos bons.
   
  
Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
    
      
   

domingo, 10 de junho de 2012

OBSESSÃO

      Quando nas lides do corpo carnal, sempre que lia o capítulo XXIII de "O Livro dos Médiuns", intitulado "Da Obsessão', intrigava-me um trecho do parágrafo 245, onde escreveu o Codificador:
"Um destes últimos [espíritos obsessores], que subjugava um moço de inteligência muito limitada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu-nos: Tenho uma grande necessidade de atormentar alguém; uma pessoa que raciocina me repeliria; agarro-me a um idiota que não me opõe nenhuma virtude"
       Certa vez, quando tive oportunidade de dialogar com o Dr. Bezerra de Menezes, que então, se manifestava pela Modesta, questionei sobre o assunto: - "Dr. Bezerra, por que certos espíritos afirmam terem a necessidade de atormentar os encarnados, como se encontra em "O Livro dos Médiuns"? Essa necessidade é física ou moral?"
        Com a bondade que lhe é característica, o venerável Benfeitor elucidou me: - "A necessidade, de maneira concomitante, é de ordem física e moral. Física, porque, infelizmente, tais entidades têm necessidade do psiquismo alheio para nutrirem as suas próprias paixões - muitas continuam a beber e a comer, a sentir prazer, na satisfação dos seus vícios, e o calor da vida através dos corpos que vampirizam, estabelecendo estreita simbiose com as suas supostas vítimas. E também de ordem moral, porque a relação, não raro, envolve sentimentos de rancor e indiferença de parte a parte.
        Hoje neste Outro Lado da Vida, compreendo melhor as colocações do Instrutor, porque tenho oportunidade de observação direta do fenômeno.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

      

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ANGÚSTIA

'Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus
em espírito e afirmou: Em verdade, em
verdade vos digo que um dentre vós me
trairá' - João, cap. 13 - v. 21


      Jesus angustiou-se, não pela hora do testemunho que se aproximava, mas por Judas, o amigo imprevidente que o trairia.
      Angustiou-se o Divino Mestre, mas não lançou censura sobre ninguém...
      Não condenou o companheiro macomunado com os sacerdotes, já por si mesmo tão infeliz...
      Não proferiu palavras amargas, exigindo qualquer reação de defesa por parte dos demais integrantes do grupo...
      Não se exasperou, acusando de ingratidão aqueles aos quais apenas havia feito o bem...
      Não desertou ao dever, que, se mostrou disposto a cumprir até ao derradeiro instante...
      Enfim, não permitiu que nenhum sentimento menos digno lhe possuísse o espírito.
      Angustiarmo-nos diante deste ou daquele impasse que nos cause tristeza  ou aborrecimento é de nossa condição humana, mormente quando nos sintamos sem ação para modificar o rumo dos acontecimentos em curso.
      Angustiarmo-nos, por exemplo, por um afeto querido que, não nos ouvindo as ponderações nem se sensibilizando com os nossos exemplos, se aproxima do abismo que o tragará em dores idescritíveis...
      A angústia de Jesus não o induziu a subtrair-se ao contexto que culminaria com a sua prisão.
      Sobrepondo a aceitação dos Desígnios  Divinos à angústia que experimentava, sorveria, à última gota, a sua transbordante taça de fel.
      Embora nos angustiemos e nos aflijamos, não fujamos às provas inevitáveis que nos venham a bater à porta, porque somente à custa de submissão aos Superiores Ditames é que conseguiremos diminuir a sua força de impacto sobre nós e supera-las.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

terça-feira, 5 de junho de 2012

PERGUNTA QUE SE IMPÕE

"Que daria um homem em troca de sua
alma?" - ( Marcos, cap. 8 - v. 37)



      Ante os esclarecimentos de que somos imortais, a se tornarem mais patentes com o avanço da própria ciência para além dos estreitos limites da matéria, uma pergunta se nos impõe:
      - Que fazer com nossa própria imortalidade?
      Bastar-nos-á, por ventura, saber que a Vida não termina no túmulo, para que tenhamos todos os nossos problemas existenciais equacionados?
      Como haveremos de mais bem aproveitar o nosso estágio nas diferentes dimensões pelas quais excursionamos, trocando de corpo como permutamos uma veste para outra?
      O que almejamos? Aonde pretendemos chegar?
      Conscientes de que somos os construtores do próprio destino e que a evolução espiritual depende exclusivamente de nosso esforço, que decisões tomaremos doravante?
      Acaso permaneceremos como meros expectadores da luta que nos confere acesso aos Planos Superiores ou lançaremos, igualmente, a continuo esforço de ascensão?
      Em outras palavras, foram estas as perguntas que Jesus endereçou à multidão, quando indagou a ela, nos remetendo a profundas reflexões: "Que daria um homem em troca de sua alma?"
      Todos os bens efêmeros  da vida valeriam por uma só réstia de luz, advinda do conhecimento de nós mesmos?
      Que fortuna amoedada estaria à altura da conquista de uma única virtude?
      Em troca da posse de sua alma - não existe outra espécie de câmbio possível! -, o homem deve se despojar de todas as ilusões.
      No Universo, tudo que é material somente existe em função do espírito, porque, a rigor, todos os seres  e todas as coisas são feitas da mesma essência do Criador.
      Portanto, apartemo-nos da matéria como quem se aparta de uma ilusão ótica, e, sem embaraços e sem peias, sigamos rumo à nossa alta destinação, realizando o Reino de Deus em nós mesmos, aqui e agora.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

sábado, 2 de junho de 2012

OUTRA ENCARNAÇÃO


       Tenho ouvido muitos espíritas repetirem: "Na outra encarnação, fulano há de colher o que plantou..."
       Outros dizem assim: "Na outra encarnação, eu farei as pazes com sicrano..."
       E vai por aí afora: na outra encarnação isto, na outra encarnação aquilo...
       Ora, será que lhes ocorreu que, pensando dessa maneira, estão desconsiderando o chamado tempo de intermitência entre uma encarnação e outra? De que valerá, para o espírito a experiência que medeia entre uma existência e outra no corpo físico?
        Será a vida no Mundo Espiritual no que tange à evolução,completamente nula?!
        Eis algumas perguntas que merecem reflexão: O espírito pode se aperfeiçoar no Mundo espiritual e voltar a Terra em melhores condições? Ele pode, por exemplo, se reconciliar com um desafeto no Mais Além? Pode começar a fazer por Lá, ou seja, por aqui, o que não fez quando encarnado?
        Carlos T. Pastorino, autor de "Minutos de Sabedoria" costumava dizer, e com razão, que o espírita à Vida além da morte como sendo "Outra Vida" quando a Vida é sempre a mesma, ou, por outras palavras. Única!
         A Vida, com a morte do corpo, hora alguma, sofre solução de continuidade - o espírito não para de respirar, de pensar, enfim, de ser o que, essencialmente, é!
         Quem se refere a "outra encarnação", está, como que, inconscientemente, suprimindo as experiências que podem e devem ser vivenciadas na Vida que prossegue, sem alteração, para além das fronteiras do Túmulo.
         Quantos, porém, infelizmente, continuam a se sugestionar, postergando para a próxima experiência no corpo carnal o que devem e podem começar a fazer desde agora - e, caso não seja possível agora, sobre a terra, que se faça possível na Vida imediata, que é esta aqui, onde estou e para onde vocês virão.
         Neste sentido, André Luiz, através de Chico Xavier, começou a nos mostrar um Mundo Espiritual mais humano quanto, de fato, eleé! É que André Luiz, sob o amparo dos Espíritos Superiores, teve que administrar essa transição de uma cultura religiosa antiga para o novo paradigma que o Espiritismo propõe.
         Portanto, meus caros , comecemos à rever, em nossas palestras e ditos cotidianos, esta questão, que, embora não nos pareça, se mostra de suma gravidade em nosso inconsciente, para uma Vida mais plena na Terra e nas Dimensões Espirituais.
         O que não se pode viabilizar sobre a Terra não carece de esperar pela "outra encarnação" para se viabilizar, concordam?
         Se todos os mundos e todas as existências são, naturalmente, solidárias, o Mundo Espiritual não pode ser excluído do contexto evolutivo, e o espírito, mesmo após o seu desenlace, será chamado a fazer o que não fez.
         Com essa história de "outra reencarnação" é que muita gente vem dormir neste Outro Lado, imaginando, com certeza, que aqui seja um berçário ou algo semelhante...Os que fixam a mente na "outra encarnação" ficam pouco tempo por aqui!
         Preparem-se para Vida ativa no Mais Além! Antes de voltar à Terra, em novo corpo, o espírito terá por aqui oportunidades semelhantes às que teve no mundo - oportunidades de trabalhar, estudar e tentar consertar os equivocos cometidos! Isto é possível, sim, porque o Mundo Espiritual é também um campo de ação e reação!
         Espero que, com tão poucas palavras, eu me tenha feito entender.
        
Dr. Inácio Ferreira do Livro "O pensamento Vivo do Dr. Inácio"