terça-feira, 27 de novembro de 2012

Preleção do Chico Xavier.

Preleção de Chico Xavier “a sombra do abacateiro” no dia 11 de setembro de 1982, falando sobre a lição do jugo leve... Ele nos contou o diálogo entre um aprendiz e um pastor de ovelhas:
 - “Se uma ovelha cair na fossa, o que você fará?
- O pastor respondeu: - Eu a tiro e carrego.
- Mas e se a ovelha se machucar, se estiver ferida? – tornou o aprendiz.
 - Eu a curo e, mesmo se estiver sangrando, eu a carrego – retrucou o pastor.
 O aprendiz pensou demoradamente e indagou, por fim:
 - Mas e se a ovelha fugir para muito longe, léguas e léguas?
O pastor, zeloso e experimentado, fitando o grande rebanho que pastava no vale respondeu: - Eu não posso ir atrás, porque eu não posso deixar todo rebanho por causa de uma rebelde... “Eu mando o cão buscá-la...”
 E Chico concluiu: “A mesma coisa é o Cristo, diante de nós, quando nos afastamos do caminho certo, léguas e léguas. Ele não vai atrás, mas vai o cão que é o sofrimento...”!
Muita gente tem chegado ao Espiritismo assim! Não raro, são os nossos obsessores que nos colocam no caminho do Cristo.
Dr. Inácio Ferreira do Livro “Emmanuel, Médium do Cristo

domingo, 18 de novembro de 2012

"O JUGO LEVE"

      Vinde a mim, todos vos que estais aflitos e
       sobrecarregados, que eu vos aliviarei. Tomai
       sobre vós o meu jogo e aprendei comigo que sou
       brando e humilde de coração e achareis repouso
       para vossa almas, pois é suave o meu jugo e leve
       o meu fardo.(S. Mateus. 11:28 a 30.)


       Todos os sofrimentos: misérias, decepções, dores fisicas, perda de seres amados, encontram consolação em a fé no futuro, em a confiança na justiça de Deus, que o Cristo veio ensinar aos homens. Sobre aquele que, ao contrário, nada espera após esta vida, ou que simplesmente duvida, as aflições caem com todo o seu peso e nenhuma esperança lhe mitiga o amargor. Foi isso que levou Jesus a dizer: "Vinde a mim todos vós que estais fatigados, que eu vos aliviarei."
       Entretanto, faz depender de uma condição a sua assistência e a felicidade que promete aos aflitos.
Essa condição está na lei por ele ensinada. Seu jugo e a observância dessa lei: mas, esse jugo é leve e a lei é suave, pois que apenas impõe, como dever, o AMOR e a CARIDADE.

Do "Evangelho Segundo o Espiritismo" "O Cristo Consolador"

CARIDADE E DISCRIÇÃO

       "... e lhe disse: Olha, não digas nada a
       ninguém... " - Marcos. cap. 1 - v. 44


      Jesus pede discrição ao leproso que é curado por ele...
      Que diferença, em relação a nós, quando temos oportunidade de prestar aos outros o menor benefício!
      Deveríamos nos envergonhar, quando nos pomos a trombetear o pouco que fazemos!
      Por este ou aquele gesto de caridade em prol dos semelhantes, não nos iludamos a respeito do que ainda somos.
      Ser verdadeiramente bom não se resume a dar esmolas.
      Não se mede o tamanho da virtude de alguém pelo tamanho do cheque que preenche.
      Há quem esporadicamente, faça o bem, na tentativa de aliviar a consciência pelos erros constantes que comete e, talvez, pretenda continuar cometendo.
      A caridade não é bilhete que se adquiri para se alcançar determinada condição espiritual a preço de migalhas...
      Interessava a Jesus ser visto pelos olhos de Deus e não pelos olhos dos homens - por isso recomendou ao leproso que silenciasse.
      Nunca cobremos de ninguém os favores que lhe prestamos como se fosse exatamente nosso intento humilhá-lo com a nossa generosidade.
      Os devederos do próximo somos nós.
      Quem adoece por conta de ingratidão recebida está se colocando na posição do benfeitor que esperava ser reverenciado.
      O dia que fizermos o bem com espontaneidade de quem tem consciência de que apenas repassa uma benção, a Caridade, em nós, verdadeiramente, será Amor.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

sábado, 27 de outubro de 2012

O Espírito Modela seu Perispirito

      Vamos falar do perispírito - considerou o Dr. Odilon -, ou do corpo espiritual, como elemento intermediário entre o ser inteligente e a matéria grosseira. Em sua Primeira Epístola aos Corintios, capítulo 15, versiculo 44, Paulo escreveu: "Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual. Se há corpo natural, a também corpo espiritual".
       Se me permitem - disse Dr. Inácio -, o perispírito, entre os egípcios, desde épocas imemoriais, era conhecido pelo nome de "Khá"; os platônicos o denominavam de "Okhêma" no Budismo é chamado de "Kamarupa"... E vai por aí afora.
        Hipócrates, Doutor - emendou o Diretor do "Liceu" -, o chamava de "Eu astral"; Paracelso, de "Corpo astral"...
        Leibnz, grande filósofo alemão que nasceu em 1646, o rotulava de "Corpo fluídico"...
        - Então - concluiu D. Domingas -, o assunto não foi "inventado" por Kardec?
        Claro que não foi! - respondi, - No entanto ninguém se aprofundou tanto nos estudos quanto Kardec teve oportunidade de fazer, apontando-o, inclusive, como "Modelo Organizador Biológico" - termo que era muito empregado pelo nosso amigo Dr. Hernani Guimarães Andrade.
        - Kardec - continuou Odilon -, no capítulo em questão, escreveu de maneira magistral: "Para ser mais exato, será preciso dizer que é o próprio espírito que fabrica o seu envoltório e o torna adequado as suas novas necessidades..."
        O corpo físico - é reflexo do corpo espiritual - quanto mais grosseiro o corpo espiritual, tanto mais grosseiro o corpo material. O perispirito é o corpo de transcendência - o corpo material de imanência! Tanto um como outro estão em evolução.
        Sem o aperfeiçoamento do perispírito, o corpo fisico não se aperfeiçoaria, todavia cuidar do corpo físico também significa cuidar do corpo espiritual.
        - A lâmina gasta a pedra, mas a pedra afia a lâmina?... Não poderia ser de outra maneira, esta é uma lei tanto para as conquistas de ordem moral quanto de ordem física!
        Gostaria de concluir solicitou o Dr. Odilon - "o espírito aperfeiçoa o envoltório espiritual desenvolvendo e completando o organismo à medida que sente a necessidade de manifestar novas faculdades, numa palavra, ele talha conforme sua inteligência; Deus lhe fornece os materiais; fica por sua conta colocá-los em função. Assim se explica igualmente o cunho especial que o caráter do espírito imprime aos traços da fisionomia e às linhas de corpo"

Do Livro "No Princípio era o Verbo" Dr. Inácio Ferreira.


domingo, 21 de outubro de 2012

O MAL NOS EXTERTORES

       "Quando se ia aproximando, o demônio
         o atirou no chão e o convulsionou; mas
         Jesus repreendeu o espírito imundo,
         curou o menino e o entregou ao pai."

     
      Quando aquele espírito, que atormentava o menino, pressentiu a chegada de Jesus, rebelou-se e induziu a vítima de sua ação malfazeja a mais uma crise convulsiva.
      Adivinhando que pela força moral do cristo, teria que abandoná-lo, estertorava em seus últimos sinais de resistência.
      Isto, por vezes, acontece conosco, quando, tocados pela luz do Evangelho, manifestamos a vontade de ser diferentes do que, até então, temos sido.
      Ao perceber o nosso íntimo propósito de mudança, o mal que, durante séculos, acalentamos, como que esboça uma derradeira reação.
      Arregimentendo forças as trevas que nos reclamam a posse do espírito nos induzem a crer que, em vez da tão ansiada melhora, estamos piorando...
      É comum que, na nova estrada que nos dispomos a percorrer sob a inspiração do Senhor, nos deparemos com obstáculos que nunca se nos apresentaram tão difíceis de transpor.
      Em muitos casos, trata-se de uma tática dos espíritos que nos querem fazer desistir do emprendimento espiritual a que nos consagramos, objetivando escapar de seu jugo opressor.
      Depois das crises mais complexas que nos acometem, mormente quando empenhados em imprimir novo rumo à existência, é que costuma acontecer-nos a obtenção da cura.
      Não desistamos, pois, e jamais cedamos às pressões psicológicas com que os nossos adversários procuram nos intimidar e nos levar a deduzir, de maneira equivocada, que a decisão de seguir o Cristo não foi bom negocio para as nossa vidas!

Dr. Inácio Ferreira do livro "Saúde Mental À Luz Do Evangelho"

domingo, 7 de outubro de 2012

O desafio não é saber - o desafio é viver!

      A tarefa do Cristo é a redenção da Humanidade inteira!
      O Chico contava que o espírito de Gandhi, pediu a Jesus a incubência de redimir o espírito de Hitler!
      Então não se preocupem, porque a tarefa embora seja mais especificamente do Senhor Jesus Cristo, não é só dele não. Os que fazem seus prepostos, igualmente se tornam intérpretes do seu Amor!
      À medida que evoluimos vamos nos "integrando" no corpo místico do Cristo e, assim, passamos a ser os seus braços no reerguimento dos caídos! É assim que o Espírito do Cristo viverá em cada um de nós.
      Então, vamos, pessoal que a turma está nos esperando com as suas dores... Precisamos nos vacinar contra a vaidade e o personalismo! A caridade é uma seringa de agulha enorme, que se nos aprofunda até aos tecidos mais sutis do espírito, nos imunizando contra as tolices em nós mesmos!
      O desafio não é saber - o desafio é viver! Sem colocar em prática, ninguém demonstra saber o que supõe que sabe!
      Muitos irmãos que mourejam na carne ficam discutindo o sexo dos anjos e se esquecem da tão difícil renovação íntima.

Do Livro "No Princípio Era o Verbo" Dr. Inácio Ferreira.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

MINHA HOMENAGEM AO DIA 27 DE SETEMBRO

      Hoje, a cidade do Rio de Janeiro, está em festa, principalmente as crianças, pois, se comemora "Cosme e Damião".
      Mas hoje eu Luiz Celso tenho motivos para comemorar, fazem 24 anos que o Dr. Inácio Ferreira desencarnou, e voltando para o Plano Espiritual, continuou trabalhando, e na mesma intensidade que o fez por mais de 50 anos, na direção do Sanatório Espirita em Uberaba.
      Quero agradecer ao Dr. Inácio que nestes  24 anos, com seus amigos e colaboradores do Plano Espiritual, pincipalmente Dr. Odilon Fernandes, D. Maria Modesto Cravo, D. Domingas, Manoel Roberto, Paulino Garcia e tantos outros irmãos cooperadores, tem nos trazido atraves do Medium Carlos A. Baccelli ensinamentos e mensagens significantes para a nossa evolução Moral.
       Obrigado Deus, por permitir que canais como estes, repletos de Amor e Caridade, continuem nos absorvendo em ensinamentos, dignos da harmonia e do equilibrio que tanto necessitamos para atingirmos os paramos superiores.
        É muito bom a gente saber as coisas, mas melhor ainda é saber o que fazer com as coisas que a gente sabe!
       Mais uma vez o meu muito obrigado Dr. Inácio Ferreira.

Do seu Amigo Luiz Celso Telli.

domingo, 16 de setembro de 2012

VOCÊ TEM DÚVIDA DA EXISTÊNCIA DE DEUS? EU NÃO TENHO.

      "O  Livro dos Espíritos" na pergunta de numero 10, Kardec pergunta: "O homem pode compreender a natureza íntima de Deus?". A resposta veio suncita: "Não. falta-lhe, para tanto, um sentido."
      Um filósofo pré-socratico, Heráclito de Éfeso, que viveu a 500 a.C., também afirmava que: "Só uma coisa é sábia: conhecer o pensamento que governa tudo através de tudo." Conhecer o Pensamento Divino é conhecer as suas Leis, e, evidentemente, o homem ainda não possui cérebro para tanto! Este conhecimento há de ser gradativo - penso que, de fato, o homem necessitará de desenvolver "sentidos especiais" que, por agora, transcendem a nossa capacidade de imaginá-los.
      Alguns cientistas, chamados "deistas", têm falado na existência de um "Design Inteligente"...
      Esta  teoria começou com William Pailey em 1831 - era um teólogo.
      Portanto, inclusive, é anterior a própria Codificação. Sim, Ele justificou a sua ideia . dizendo que, por exemplo, se um homem estivesse caminhando sobre terreno inculto e se deparasse com uma pedra, o fato não teria nenhum efeito sobre o seu pensamento, mas se ele deparasse com um relógio...
      - Este mesmo exemplo é tomado por Kardec quando diz que a existência  do relógio atesta a existência do relojoeiro - em síntese: " Deus não se mostra, mas afirma-se mediante suas obra"!
       Contra fatos não há argumentos, O Universo aí está... exclamou Modesta, negar a existência do Criador, é negar a própria existência da criatura, que não poderia ter-se feito a si mesma disse Manoel Roberto.
       Kardec se apoia no axioma: "Todo efeito inteligente deve ter uma causa inteligente"!

      Trecho do Livro " No Princípio Era o Verbo"  Dr. Inacio Ferreira

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Chico era mediunidade humana e Jesus era Mediunidade Divina.

      Vamos transcrever trecho do Livro "No Principio Era o Verbo"
      Modesta perguntou ao Dr. Odilon: Como deve ser a mediunidade no futuro?
      Pergunta difícil, minha irmã! Óbivio que o médium continuará se valendo de seus recursos intelectomorais e de sua capacidade sensitiva - não temos muito como fugir disto. Agora, os processos de intercâmbio serão cada vez mais refinados, inclusive com boas perspectivas no campo da Transcomunicação Instrumental a chamada TCI.
      Analisemos o Caso Chico Xavier, Chico não psicografava somente da maneira tradicional. Ele ouvia os espíritos, conversava com eles, discutia com eles e, depois, colocava no papel, por si mesmo o produto deste diálogo. Eu tenho comigo, Odilon - falei -, que Chico era médium em tempo integral! Não era médium uma vez por semana, como a maioria dos médiuns, que, ainda por cima vivem faltando às reuniões, sem qualquer comprometimento...
      Chico era a mediunidade - a mediunidade humana! Jesus era a Mediunidade Divina!
      Chico no ápice da mediunidade humana, Jesus no ápice da Mediunidade Divina! E eu cá embaixo, tentando sair da obsessão...
      O Espiritismo, como diz o Dr. Inácio, não pode ser mais um "ismo" - o Espíritismo, e doa a quem doer, tem compromisso apenas e tão-somente com a verdade! Não podemos neste sentido, nos posicionar como os religiosos tradicionais! O Espiritismo está em aberto... Claro que se assenta sobre os fundamentos básicos, referendados pela Fé Raciocinada.
      E esta Fé Raciocinada tem seu maior exemplo: "Fora do Amor e da Caridade não a Salvação" 

Dr. Inácio Ferreira do Livro"No Princípio Era o Verbo..."

sábado, 8 de setembro de 2012

VALOR DA ORAÇÃO

      "Divino Mestre, solicitamos a Tua inspiração e a Tua presença, através daquelas entidades espirituais que Contigo cooperam em prol do nosso esclarecimento... Que possamos, Senhor, com o Teu auxílio assimilar as lições que a verdade nos transmite, com o propósito de colocá-las em prática em nossas vidas, aprendendo, sobretudo, a amar os semelhantes, qual sempre nos amaste e amarás sempre. Assim seja!...
     É importante  estarmos sempre em conexão mental com os Planos Superiores de onde toda luz se derrama... Se os homens fossem mais companheiros da oração, errariam menos e desenvolveriam mais suas percepcões das coisas espirituais e viveria em maior sintonia com a luz divina.
     Até Jesus nosso Mestre e Senhor sentia necessidade orar... E em várias oportunidades ele orou ao Pai, como no Monte das Oliveiras, quando se aproximava o momento de seu maior testemunho: "Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice sem que eu o beba, faça-se a sua vontade."! esta citação se encontra no Evangelho de mateus cap. 26 - v. 42. Também no cap. 11 - v. 25 do próprio Mateus mais uma oração que Jesus Cristo formulou a Deus; "Graças de dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos"
    Quando no instante do Calvário, estando prestes a expirar, "clamou em alta voz": "Pai, nas tuas mãos entrego o meu espirírito!" Quando certa vez dirigindo-se aos discípulos, disse-lhes: "A seara na verdade é grande, mas os trabalhadores são poucos, Rogai, pois ao Senhor da seara que mande trabalhadores para sua seara."!
    O Cristo não somente orou como, igualmente, nos ensinou a orar... Foi a pedido dos Apóstolos que Ele proferiu a oração do "Pai Nosso", que,  por assim dizer, há quase dois mil anos, tem sido o luzeiro da fé de todos os cristãos. Aí de nós se não fosse o "Pai Nosso"
    Impressionante o fato de Jesus orar - Ele cuja vida praticamente já era uma oração.
    Pois, é meus filhos, nós espiritos imperfeitos desprezamos o valor da prece!
    Quantas e quantas vezes não nos julgamos dispensados de orar!...
    Achamos que a prece nada resolve, porque em nossa estreita visão, não apresenta resultados imediatos. Não compreendemos que o objetivo  da oração, em essência, é movimentarmos dentro de nós as forças divinas que jazem em estado de latência...
     - Se o homem orasse com maior frequência, ele se espiritualizaria mais rápido!

Este dialago aconteceu entre o Dr. Inácio Ferreira, Dr. Odilon Fernades, a D. Maria Modesto Cravo, a D. Domingas, o Sr. Manoel Roberto e o Paulino Garcia quando de estudos do Livro "A Genese" o 5º livro do Pentateuco.
Estes relatos estão transcritos, em psicográfia, pelo nosso querido irmão Carlos A. Baccelli no livro "No Princípio Era O Verbo..."

domingo, 2 de setembro de 2012

JESUS EXISTIU?

     Meu amigo, eu acompanhei com você, dias atrás, certa discussão em torno da existência histórica de Jesus Cristo e, como é natural, tive também vontada de manifestar a minha opinião a respeito.
      Antes, porém, por imposição da consciência, devo uma vez mais, deixar claro que, de minha parte, especular sobre o assunto tão transcendente é o mesmo que um grão de areia se atrever a definir o esplendor do Sol.
      No entanto não tenho qualquer dúvida de que Jesus realmente existiu, embora sejam tão escassas as provas concretas que os homens costumam exigir para crer em tudo o que, de imediato, não conseguem admitir somente à luz da própria razão.
      Por que tenho certeza da existência histórica do Divino Mestre? Ora, isto é muito simples de responder, e, segundo penso, você concordará comigo sem maiores embaraços de natureza intelectual.
      Para mim, a prova inequivoca de que Jesus veio a Terra e, em carne e osso, caminhou entre os homens, está justamente na existência palpável do Evangelho! Cá entre nós, com todo o respeito que os Evangelistas nos merecem - Mateus, Marcos, Lucas e João -, eles não poderiam ser os seus Autores! Aliás, sobre a face da Terra, nenhum outro homem, por mais sábio, poderia ser seu autor!
      Conforme eu não me recordo mais quem disse, se, porventura, os Evangelistas tivessem sido, eles mesmos, os autores do Evangelho, então, em vez de um só Cristo nós teriamos quatro!
      Outro aspecto que, para mim, é fundamental sobre a crença no Cristo histórico, é que os Evangelhos, segundo você sabe, foram escritos em épocas distintas, muitos anos depois de sua crucificação. O Evangelho de Mateus, que foi o primeiro, teria sido escrito, em definitivo, cerca de 40 a 50 anos após o episódio do calvário, e o de João, que foi o último, escrito a partir dos anos 80 da era cristã. Por alguns lustros a mais ou a menos, não vamos entrar em discussão de natureza matemática, certo?
      Neste sentido, a pergunta que se faz de imediato é a seguinte: como os Evangelistas, inclusive Marcos e Lucas, que não conheceram a Jesus, poderiam ser tão concordes ente si, ao ponto de seus registros se identificarem tanto, embora, claro, a notória diferença de estilo entre um e outro?!
      Refletindocom você sobre assunto tão comovedor - como nos faz bem falar do Cristo! - ainda gostaria de argumentar com o que se segue.
      Nos anos 70, Jerusalém foi contra-atacada pelos romanos e, de fato, não restou pedra sobre pedra...Quase todas as evidências históricas da existência de Jesus de Nazaré, por sagaz artimanha das Trevas, foram destuídas! Veja, por exemplo, o que recentemente, aconteceu com o Espiritismo... Hoje, não fosse o túmulo de Allan Kardec, cemitério de Père Lachaise, em Paris, o que teria restado do Espiritismo na França?! E note-se que, contrapondo-se aos quase dois mil anos de Cristianismo, o Espiritismo tem pouco mais de século e meio de existência! Mesmo assim, você não ignora que, na madrugada do dia 2 de julho de 1989, tentou-se destruir o singelo dólmen onde repousam os restos mortais do Codificador e de Amélie Boudet, sua querida esposa.
       Então, meu filho, em linhas gerais, é isto. Em que pesem a todos os "atentados" que ao longo de vinte séculos, o Evangelho vem sofrendo, inclusive com a tentativa de, seguidamente, se deturpar o verdadeiro sentido das palavras do Cristo, ele vem sobrevivendo, provando que, em verdade, de acordo com a percepção de Simão Pedro, as suas palavras  são de vida eterna!
       Quanto à sua idagação mental, se eu na condição de espírito desencarnado, no plano em que me encontro, já tive oportunidade de ver a Jesus, você me desculpe, mas não posso evitar o riso.
       Para ver a Jesus Cristo, não sei quantas vezes eu ainda terei que morrer "para cima", e não "para baixo",  como, infelizmente, vem acontecendo de maneira sistemática, comigo e com quase a totalidade dos mortais, que não logramos nos emancipar do âmbito gravitacional do planeta Terra e adjacências... fica mais difícil.
      
Do Livro "O pensamento Vivo do Dr. Inácio Ferreira"

sábado, 25 de agosto de 2012

"NÃO TE IMPORTES"

      Amigos leiam o abaixo o comentário que chegou ao Dr. Inácio e ao Medium Baccelli atraves do Irmão José:
      Não te importes, se o que procuras fazer, mesmo no bem, deixa muito a desejar.
      Todos nós estamos a caminho dela, porém ainda a considerável distância da luz da Perfeição.
      È natural, pois, que as nossas limitações e mazelas se reflitam em nosas atitudes.
      Todavia como é belo observar o esforço de quem, não mais se acomodando no chão de seus erros procura se levantar em espírito e seguir adiante.
      Não há palavras que definam a grandeza de um gesto pequenino daquele que já compreendeu a necessidade de servir os seus semelhantes.
      A virtude da bondade, tão natural nos espíritos redimidos, é um prodigio nos espíritos que lutam para se imporem a si mesmos.
      O tamanho da batalha que vences decretará o tamanho de tua glória.
      De fato, como escreveu Paulo, em sua Epístola aos Hebreus, capítulo 12, versículo 12, nós carecemos de restabelecer "as mãos decaídas e os joelhos trôpegos", a fim de seguirmos adiante.
      Não importa que, não raro, nos vejamos, sob o constante assédio do homem velho, simbolizando os nossos muitos erros e imperfeicões, a nos induzirem a quedas recorrentes...
      Que fiquemos tristes com as derrotas íntimas que experimentamos, quando justamente nos supúnhamos mais fortes...
      Que nos aborreçamos, por não conseguirmos nos livrar com tanta facilidade de inclinações que, praticamente, nos subjugam a vontade...
      Que as pessoas não saibam reconhecer o nosso esforço para acertar, quando nem sempre nos seja possível fazê-lo de maneira absoluta...
      Que, em vez de palavras de incentivo aos nossos propósitos de renovação, escutemos referências descaridosas em relação ao nosso passado de equívocos...
      Que haja um tanto de interesse menor em nossos sentimentos em relação às pessoas que auxiliamos, contra os quais, evidentemente. permanecemos nos opondo e nos opondo e nos opondo...
      Que a nossa caridade continue sendo um ato de vaidosa ostentação pessoal, ou mesmo da mentirosa demonstração de generosidade que não possuímos...
      Que, inclusive, na hora de nos dirigirmos a Deus, através da oração, não imitemos os escribas e os fariseus  de outrora, que Jesus censurou por não fazerem com sinceridade...
      Importa, sim, que não desistamos de nós e que perseveremos , contando com o amparo do Cristo, no combate sistemático às nossas deficiências...
      Importa que, a cada dia, nos predisponhamos a ser melhores que na véspera, e persigamos, com determinação, os elevados objetivos espirituais da vida...
      Importa que não nos deixemos quebrantar pela incompreensão alheia e pela intolerância de quantos nos rotulem de maneira pejorativa,quais fôssemos portadores de contagiosa moléstia...
      Importa, hoje e sempre, que nos mantenhamos em nosso posto de serviço, conscientes de que não mais nos será lícito retroceder na caminhada que empreedemos...
      Importa, enfim, sobre todas as opniões conflitantes a nosso respeito, o que nos diz a connsciência e o que nos fala o próprio coração...

Irmão José do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CUIDADOS COM O PACIENTE

       Sempre combati a inativididade dos pacientes no Sanatório; ao meu ver, o trabalho é um dos melhores recursos terapêuticos contra a obsessão e muitos outros tipos de doença- ocupar a mente cansando o corpo, significa despejar o inquilino indesejável, o espirito obsessor, que, aos poucos, não mais encontrando sintonia, se afasta... Os doentes refratários à terapia ocupacional sofriam constantes recaídas - recebiam alta, iam para casa, mas, logo infelizmente, eram trazidos de volta pelos seus familiares; aliás, o apoio da família na recuperação de um doente psiquiátrico deveria ser um capítulo à parte na Medicina...
       Dr. Inácio Ferreira do Livro "Sob as Cinzas do Tempo"

       Esta observação é minha (Luiz Celso Telli):
       Nos mais de 50 anos na direção dos trabalhos do Sanatório Espirita de Uberaba M. G. o Dr. Inácio, sempre foi a favor da Terapia do Amor (pincipalmente entre os pacientes e seus familiares) e da Vassoura. Eram as duas principais terapias que os pacientes precisavam, se sentirem amados e uteis e é o que todos nós precisamos.
     


domingo, 19 de agosto de 2012

TAREFAS PRIORITÁRIAS NA CASA ESPÍRITA

      Nunca é demais repetir.
      Dias atrás, conversando com Odilon Fernandes, fundador e diretor do "Liceu da Mediunidade", ele me disse:
      Doutor, nós não podemos esquecer as tarefas prioritárias de uma casa espírita.
      - quais seriam elas, meu caro? - perguntei - Por ordem de importância, como você as enumeraria?
      O amigo então respondeu:
      1º - Evangelização Infantil
      2º - Mocidade
      3º - Atividade Assistencial
      4º - Estudo da Doutrina
      5º - Mediunidade
      - Por que você coloca a atividade assistencial antes do Estudo da Doutrina? - inquiri, no diálogo que se desdobrou.
      - Doutor, o problema é que muita gente começa pelo estudo e não sai do estudo. Vejamos  recomendação do Espírito da Verdade: "Amai-vos e Instruí-vos"! A vivência do amor deve vir em primeiro lugar.
      - De fato - concordei. - Tem muito espírita se transformando em doutor da lei... Outros, inclusive da tribuna, estão combatendo a prática da Caridade.
      - A Caridade aos outros Doutor, é Caridade a nós mesmos! Em realidade, a Caridade é pretexto para que possamos trabalhar os nosso sentimentos. Todo espírita sincero, empenhado verdadeiramente em melhorar, sai a procura da oportunidade de servir.
      - Outra pergunta  - disse-lhe. - E por que a mediunidade em último lugar? Logo você, fundador  e diretor do "Liceu"?...
      - Porque, em geral, as pessoas estão querendo começar por onde deveriam terminar! Infelizmente, temos muitos candidatos ao serviço nediúnico com os desencarnados, mas poucos candidatos ao serviço mediúnico com os encarnados. A mediunidade, por assim dizer, é o fruto da árvore - antes dele, vem a renovação das folhas e as flores! Sem a semente, que se transforma em árvore, não se tem fruto!
      - Você, então, aconselha?...
      - ...que, na casa espírita, se dê prioridade à Evangelização Infantil e a Mocidade!
      - Menos mediunidade e...?
      - Mais cuidado com a criança e o jovem, que, nos centros espíritas, infelizmente, não estão encontrando espaço.
      - É o que tenho dito: estamos fazendo um Espíritismo só para marmanjos...
      - E o senhor está certo, Doutor!
      - É que cuidar de criança e de jovem não dá Ibope. Odilon! As pessoas, com execões, querem é se mostrar...
      - Pode não dar Ibope na Terra, mas o senhor sabe que em "Nosso Lar", por exemplo, quem lida com crianças recebe bônus-hora em dobro!
      - É verdade!
      - Jesus encontrou tempo para as crianças... Os Apóstolos queriam afastá-las, mas Ele as chamou para mais perto de si.
      - O que você acha dessa história de centro se especializar?
      - Se especializar em quê? Só se for especializar-se em amar! É a única especialização que, numa casa espírita, eu consigo conceber.
      - Especializar-se em mediunidade - mediunidade de cura, como muitos dizem ter-se especializado?
      - Doutor, de que adianta um telhado bonito na construção, sem alicerce para escorá-lo?! Digam o que quiserem dizer, mas o que segura um centro espirita é a Caridade - a Caridade que nos aproxima do próximo, que é a nossa ponte para Deus! O resto...
      - Deixe que eu conclua por você: o resto é balela...

Do Livro "O pensamento Vivo do Dr. Inácio"

     
  

segunda-feira, 30 de julho de 2012

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

       Boa Noite Amigos!
       Estamos lendo o Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio" e o capitulo "Violência na Escola" fez com que eu o transcrevesse.
       Na época do lamentavel epsódio que abalou o Brasil, acontecido em uma escola do Rio de Janeiro, onde mais de uma dezena de crianças foram mortas, muitos amigos nos escreveram solicitando que dissemos algo a respeito.
       Lamentamos profundamente o ocorrido e nos solidarizamos com as famílias que foram diretamente vitimadas.
       No entanto temos percebido que o assunto tem sido tratado de maneira superficial por alguns orgãos de comunicação, que, explorando os efeitos, abriram manchetes, sem se deter na análise das causa que motivaram a chacina.
       Opiniões apaixonadas têm sido emitidas, com o infeliz criminoso sendo rotulado de animal, monstro, pervertido e outras terminologias, atraves das quais a sociedade costuma destilar o seu ódio e ignorãncia sobre as pessoas que se fizeram instrumento de seu descaso em relação aos seus próprios filhos.
       Advirto aos apressados que não compareço nestas linhas, tomando a defesa de ninguém em particular - estou escrevendo em defesa de nossa própria espécie, ameaçada de extinção por nós mesmos!
       Sei que os espíritos das crianças que foram sumariamente executadas estão sob a tutela espiritual dos que por elas se interessam e, no Mais Além, embora os traumas que lhes ficarem por sequelas, exigindo tratamento, a vida para cada uma delas haverá de seguir de acordo com os inelútaveis Designios do Criador.
       Infelizmente, porém, o rapaz, de pouco mais de vinte anos de idade, não foi o primeiro e nem será o último "assassino em série" que os homens com sua indiferença social e espiritual, têm produzido.
       Antes de ser chamado de "animal", "monstro" e "pervertido" , a verdade é que ele deveria ser considerado na condição de um espírito profundamente enfermo, que se desenvolveu à mercê das circunstâncias adversas: filho de mãe esquizofrênica, vítima de chacotas dos colegas da própria escola em que cometeu tamanho desatino, extremamente suscetível à influência de natureza obsessiva, em conexão com o fanatismo religioso, e vai por aí afora...
      Ele, pois , em minha opinião, deve ser visto como uma resultante moral da própria sociedade enferma e hipócrita, que faz de conta que tudo está bem, quando, em verdade, quase nada está bem.
      Esse jovem, que, conforme dissemos, era filho de uma senhora doente, deveria estar psicologicamente assistido pelo Estado, que, na própria escola em que estudou, teve oportunidades inúmeras para fazê-lo e não o fez.
      À semelhança dele, quantos não poderão estar em gestação neste exato momento, recebendo incentivos ao crime, inclusive, através da impunidade generalizada que impera no País e, convenhamos, das imagens muito poucas educativas que a Televisão divulga, sem escrúpulos, a qualquer hora do dia ou da noite?
      E os cépticos de plantão ainda questionam onde é que estava Deus, que não evitou que aquelas crianças fossem imoladas!...
      Sem a pretensão de responder-lhes, mesmo porque não adiantaria muito, digo-lhes que Deus estava  e está extremamente ocupado, tentando deter o braço marginal de milhares de outros doentes que neste exato momento, no mundo todo, estão prestes a cometer o mesmo ato tresloucado, desde de precipitar com aviões sobre as Torres Gêmeas, em Manhattan, quanto descarregar revólveres sobre alunos indefesos da Escola Municipal "Tasso da Silveira", em Realengo, no Rio de Janeiro.
      E como não havia ninguém por perto, antes nem depois, a fim de anular o ímpeto criminoso daquele espírito pertubado, que ninguém sabe quando há de voltar à sanidade, para redimir de seus erros, Deus também teve que se valer, com certeza, muito a contragosto, da pronta ação de um policial nas imediações para impedir que o desastre atingisse maiores proporções.
      Miseráveis somos nós, a quem, sobre a Terra, a proteção de Deus, em benefício dos homens que não se respeitam e não se protegem, tem que ser vista no gatilho de um revólver!...

 Dr. Inácio Ferreira.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

SER MÉDIUM É FACIL; O DIFÍCIL É SER BOM

      Ser médium é facil; difícil é ser bom!
      Chico Xavier foi, e, é estas duas coisas.
      Chico provou - e está provando - o valor da bondade... e não apenas o da mediunidade!
      Nós espiritas não podemos ficar só na Divulgação a Doutrina nos grandes veículos de comunicação, escrever e publicar livros, construir mais centros espiritas, realizar mais congressos, partir para o exterior e conquistar o mundo!
      A hora agora, mais do que nunca, é a do exemplo do Amor, da Caridade e da bondade, não aquele exemplo de há dois mil anos atrás que recebemos Jesus em Jerusalém com cânticos e flores, para daí a poucos dias Crucificá-lo!
      Já que não podemos imitar o Chico na mediunidade e tampouco na bondade, tentemos imitá-lo na honestidade.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio Ferreira"

domingo, 15 de julho de 2012

"A TERRA" ORGANISMO MEDIÚNICO COLETIVO

      Estávamos dias atrás, ouvindo a lúcida palavra de irmão José, através da faculdade psicofônica do médium, ao afirmar que a Terra pode ser considerada um organismo coletivo de natureza mediúnica.
      Dizia ele, na oportunidade, que o orbe planetário, em regime de urgência, está necessitando que os homens o envolvam em boas palavras e bons pensamentos, desencadeando atitudes positivas que se oponham às ações inconsequentes que vêm estabelecendo o caos e colocando sob severa ameaça toda a Humanidade.
      Ainda discorrendo sobre o assunto, esclareceu que os Espíritos Superiores, do ponto de vista coletivo, têm encontrado enorme dificuldade no que tange à recepção das ideias elevadas que transmitem aos homens, com seu espaço de influência, na mente das criaturas, a diminuir drasticamente.
      E voltou a enfatizar que, assim como são feitas campanhas contra o chamado "aquecimento global" uma campanha de combate ao pessimismo e à descrença, às palavras torpes e aos pensamentos doentios, quase generalizados, carece de ser levada a efeito no sentido de facilitar a ação dos espíritos que procuram deter a marcha dos infelizes acontecimentos em curso.
      Quando o preclaro Benfeitor terminou a oportuna alocução, ficamos, com outros amigos desencarnados, a meditar sobre a profundidade de suas sábias colocações, porque nunca havíamos pensado que a Humanidade, como um todo, igualmente constitui um organismo mediúnico que vive constantemente em sintonia com os desencarnados a rodeá-la.
      Os Espíritos Superiores não dispõem de outro instrumento de influência sobre os homens que não seja o do pensamento! Entretanto, se os homens não se colocam, pelo menos na mínima condição receptiva ideal, eles como que "pregarão no deserto"...
       O Evangelho nada mais representa que a condensação doutrinária do Pensamento do Cristo, que, há mais de dois mil anos, vem procurando, sem qualquer, sem qualquer imposição, moldar o pensamento humano em novas bases.
       Neste alvorecer de milênio, a Humanidade em transe coletivo, de maneira inconsciente, vem permitindo o avanço das Trevas em oposição às Falanges da Luz. Daí, causa de a Terra, refletindo a insanidade da criatura, estar revolvendo-se em suas entranhas, como alguém que depois de ter ingerido alimento deteriorado, anseia por lança-lo fora.
       Irmão José, em suas ponderações, considerou que semelhante processo, por assim dizer, é irreversível, mas que pode ser amenizado em seus efeitos, desde que cada "célula" do organismo coletivo tome consciência da situação e assuma a responsabilidade de trabalhar para "oxigenar" os seus pulmões espirituais.
       Portanto, por mais estreito seja o nosso círculo de atuação junto à comunidade encarnada e desencarnada, não mais adiemos a Campanha das Boas Palavras e dos Bons Pensamentos!
      A Terra, mãe de todos os homens, está necessitando ser acariciada pelos filhos que, até o presentemente momento, somente a têm tratado com desdém e ingratidão, em tremendo processo de vampirismo que a esgota nas energias que lhes são vitais.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"
      
    

sábado, 7 de julho de 2012

QUEM FOI QUE FALOU?

      Quem foi que falou que os assuntos da vida além da morte são de trato específico da Religião?
      Quem conferiu aos mais diferentes credos religiosos autoridade maior para tratar dos temas da sobrevivência da alma, que, por exemplo, a autoridade concedida à Ciência e a Filosofia, nos mais diferentes ramos do Conhecimento em que se desdobram?
      Da maneira como as coisas estão postas e se convencionou, tem-se a impressão de que a Outra Vida pertence, com exclusividade, à religião e, por consequência, aos religiosos.
      Todavia, se assim for, teremos uma 'guerra santa" a estender-se na existência de Além-Túmulo, porquanto as religiões estão longe de falarem a mesmo idioma, no que tange ao destino do espírito além da morte do corpo.
      Os católicos, por exemplo, continuam defendendo , irredutíveis, a sua tese de Inferno, Purgatório e Ceú!
      Os judeus acreditam que os mortos permanecerão descansando até a ressurreição - mas somente os justos ressuscitarão!
      Os muçulmanos prometem o Paraiso aos seus adeptos, mormente para aqueles que admitem que toda Verdade se resume no "Corão".
      Os budistas pregam a existência do Nirvana e, embora admitindo a Reencarnação, sob certo aspecto, consideram-na uma questão de importância secundária.
      Os espíritas que, recentemente, entraram no páreo, imaginam, equivocadamente, com as exceções de praxe, que o Mundo Espiritual lhes pertença - inclusive, querendo que todos os espíritos, sem que sequer sejam consultados em sua vontade, antes de uma nova experiência no corpo carnal, se submetam aos chamados "Institutos de Reencarnação" e voltem à Terra com toda a programação estabelecida pelos Mentores.
      Vejamos que o Espiritismo através de seus seguidores está começando a cometer o mesmo erro secular das demais religiões: a tola pretensão de monopolizar a realidade da vida, na vida depois da morte!
      Vocês vão me perdoar, mas isso é um verdadeiro festival de insanidades, que não resiste à menor análise de pessoa dotada de bom senso.
      Já repararam que, nas descrições que faz de "Nosso Lar" André Luiz não afirma que a referida colônia espiritual seja espírita? Pelo que deduz, através de leitura atenta e não-tendenciosa da obra, trata-se de uma cidade onde imperam elevadas noções de espiritualidade - uma cidade ecumênica e não propriamente espírita!
      Aliás, aqui vai uma pergunta: Onde termina a Terra e começa o Mundo Espiritual? Dou um pedaço de queijo com goiabada a quem souber!
      No livro "No Mundo Maior", a tratar de Mediunidade, André Luiz, interpretando Calderaro, escreve: "...figuremos o médium como sendo uma ponte a ligar duas esferas, entre as quais se estabeleceu aparente solução de continuidade, em virtude da diferenciação da matéria no campo vibratório" perceberam? Vamos repetir: "aparente solução de continuidade"! Quer dizer: a Dimensão Material se transforma em Dimensão Espiritual, e vice-versa, de maneira imperceptível! Não existe nenhum vazio entre elas!
      A Vida se projeta para Lá e para Cá, da maneira que exatamente é Cá e Lá!
      De fato o tema é apaixonante, ficariamos horas refletindo a respeito, mas uma coisa é certa, não importa se estamos Cá ou Lá, o que importa é o nosso Amor a Deus, ao Próximo, a Natureza, enfim a tudo que o nosso Pai Divino criou.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

domingo, 1 de julho de 2012

"PONTE LUMINOSA"

       - Os habitantes da antiga Pérsia, hoje Irã, acreditavam que, após a morte, todas as almas eram levadas a atravessar a "Ponte do Exame", que lhes concederia ou não passagem para uma dimensão mais feliz. As de consciência pesada por seus erros e crimes, cairiam "num nível de inferno adequado as suas maldades", onde se juntariam a outras que já se encontraseem lá. No livro 'Voltei", de irmão Jacob, psicografado por Chico Xavier, há uma descrição muito semelhante. No capítulo 7 da referida obra, Irmão Jacob fala sobre a existência de uma "ponte iluminada", que os recém-desencarnados, efetuando a travessia de uma dimensão para outra, devem transpor.
       - Ah, sim! Agora estou me recordando - falou a devotada irmã Domingas que participava da conversa. - Eles estavam sendo conduzidos pelo Dr. Bezerra de Menezes!
       - Exatamente! Quase a emergir daquela região de sombras, à simples visão da "ponte", Irmão Jacob foi levado a efetuar uma introspeccão... "Teria cumprido todos os meus deveres? - refletia ele. - Se constrangido a comparecer ante um tribunal da vida superior, estaria habilitado a apresentar uma consciência limpa de culpas? Como seriam meus atos examinados? Bastaria a boa intenção para justificar as próprias faltas?". 
      - A experiência de se atravessar a "ponte luminosa", Domingas  - explicou Modesta - igualmente tem sido descrita pelos que vivenciaram a chamada EQM - Experiência de Quase Morte!
      Apenas com uma pequena diferença, Modesta. Eles se referem à existência de um "túnel luminoso"! Mas - solicitei -, permitam-me concluir. Entre os espíritos que integravam o grupo conduzido pelo Dr. Bezerra estava um irmão que havia cometido um assassinato, e, quando estavam prestes a iniciar a travessia da "ponte" ele traído pelo remorso começou a gritar: "Não! Não! Não posso! Eu matei na Terra! Não mereço a Luz Divina! Sou um assassino. Um assassino!". Segundo irmão, Jacob, "aqueles brados ressoaram lúgubres, sombras adentro
       

Dr. Inácio Ferreira do Livro Trabalhadores da Última Hora

Comentarios do Médium Luiz Celso:
A nossa consciência é nosso tribunal, por ela somos absolvidos ou condenados, por este motivo peço a todos, para reverem sempre suas atitudes. Só o Amor e a Caridade nos dá esta centelha Divina em  poder  plasmarmos  uma Ponte Luminosa.
Deus abençoe a todos.

sábado, 30 de junho de 2012

ÉPOCA DIFÍCIL - TEMPO DE VIGILÂNCIA REDOBRADA!

      Não resta dúvida de que os homens se encontram vivenciando na Terra, uma época de muitas dificuldades - época de difamações, de descrença, de degradação dos valores, de constante desafios à fé em Deus.
      O Espiritismo não poderia estar isento de semelhante convulsão que agita as entranhas morais da Humanidade.
      Através da Internet, acusações levianas e ataques maledicentes não poupam os companheiros mais bem intencionados.
      No fundo, o que se deseja é fazer com que o homem retroceda e, de uma vez por todas, desista de ser honesto e de ser bom!
      As trevas, com seus representantes encarnados e desencarnados, estão, sim, por trás de tão sombrias articulações, que objetivam desmoralizar a religião e mergulhar o homem no materialismo.
      Não é do nosso feitio transferir para os mortos a responsabilidade que pertence aos vivos, todavia forçoso é admitirmos a inegável ação das entidades desencarnadas que sistematicamente, vêm se opondo às conquistas da civilização, com o intuito de impedirem o avanço espiritual da criatura encarnada.
      O profetas do pessimismo e da incredulidade, agindo sorrateiramente, nos bastidores da Vida, estão a inspirar os que se lhes tornam "instrumentos" da vontade, arrasando as expectativas do homem em relação à sobrevivência do espírito.
      Haja o que hover, é indispensável que nos fortaleçamos contra as artmanhas dos espíritos adversários do Cristo, que prosseguem conspirando contra a edificação do Reino de Deus sobre a Terra.
      O tempo que a Humanidade atravessa exige vigilância redobrada!
      Não nos afastemos da oração, da reflexão sadia e, sobretudo da tarefa enobrecedora.
      Evitemos ceder espaço mental ao desalento e à tentação que, não raro, se nos insinuam aos ouvidos através da palavra leviana que alguém nos sussurra em tom confidencial.
      Comprendamos as fragilidades dos companheiros e não exijamos deles o que nós próprios ainda não somos, em matéria de perfeição.
      A Terra, orbe de expiações e provas, ainda é um planeta com muitos traços de primitivismo, e não será sem muito trabalho que conseguiremos fazer com que ela se eleve na hierarquia dos mundos.
      Assim, não nos permitamos escandalizar-nos pelo noticiário deprimente ou pela incoerência daqueles que nos servem como ponto de referência na caminhada.
      Todo testemunho é individual e, se a porta é estreita, é porque cada qual será chamado a atravessá-la solitariamente.
      Não priorizemos o conhecimento sobre o Amor, porque, nas atuais circunstâncias, somente o Amor a Deus e ao próximo será capaz de salvar-nos do naufrágio quase coletivo, ante as ondas furiosas que se arremetem contra a embarcação de nossa mais caras esperanças.
      Não nos deixemos abater e sigamos confiantes em que o Cristo, de mãos firmes, prossegue no leme!
      Infelizmente, porém, quem não souber fazer-se surdo à cantinela das trevas, nesta época de grandes dificuldades que o Espiritismo faceia, rolará por terra, para encher-se de desencanto e, mais tarde, em circunstãncias quiçá mais dificeis, começar tudo outra vez!

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"
             

ESPIRITISMO É UMA DOUTRINA ANTIGA.

      Alguns estudiosos afirmam que a magia, nome que deriva dos sacerdotes da antiga Pérsia, denominados "magi" tenha surgido com Zoroastro, ou Zaratustra, que, aliás , consideramos como avatar - palavra que descendo do sâncrito - da Espiritualidade Superior. Zoroastro que viveu entre o VI e o VII século a.C. foi autor do livro Zend-Avesta, ou "Livro da Ciência e da Sabedoria"
      Continuando a explanação o Dr. Odilon perguntou provocativo a Domingas e ao Dr. Inácio.
      Vocês sabiam que Zoroastro era espírita?
      - Hem?! Doutor Kardec nem havia nascido!
      Digamos que sim e não respondeu Odilon - Zoroastro era médium! Pregava a reencarnação! Admitia a obsessão! Referia-se às diversas dimensões do Mundo Espiritual! Segundo o grande profeta persa, o dever do homem era tríplice: "Fazer do inimigo, amigo; fazer do iníquo, justo; fazer do ignorante, instruido"! Ele era ou não espírita?
      - De fato existe certa semelhança com o que o Espiritismo prega. Daí, os Espíritos superiores terem dito a kardec ser a Doutrina Espírita tão velha quanto o mundo!
      Sem ser Espírito Superior, eu vou mais além: tão velha e, ao mesmo tempo, tão jovem quanto ao próprio Criador - ou seja: eterna! O Espiritismo tem a idade do Universo, porque é o conjunto das leis Naturais, que, aos poucos, irão se revelando aos homens!
      Na maxima: "Fora da Caridade não há salvação" estão encerrados os destinos dos homens, na Terra e no céu; na Terra,  porque à sombra deste estandarte eles viverão em paz: no céu, porque os que a houverem praticado acharão graças diante do Senhor. Essa divisa é o facho celeste, a luminosa coluna que guia o homem no deserto da vida, encaminhando-o para a Terra da Promissão.
      Ela brilha no céu, como auréola santa, na fronte dos eleitos, e, na Terra, se acha gravada no coração daqueles a quem Jesus dirá: Passai à minha direita, benditos de meu Pai, que deram de comer aos que tinham fome, agasalharam os que tinham frio e amaram ao próximo como a si mesmos.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Trabalhadores da Última Hora"

sexta-feira, 29 de junho de 2012

NÃO DESPREZEMOS

"Pode porventura um cego guiar a outro
cego? Não cairão ambos no barranco?"
- (Lucas, cap. 6 - v. 39)


      Não procuremos a indicação do caminho a trilhar com quem não consegue enxergá-lo, com nitidez, em todos os seus contornos.
      Não exijamos de nossos semelhantes além da capacidade que possuem de nos oferecer de si mesmos.
      Quando, no entanto, em dúvida quanto a certas decisões a serem tomadas, não desprezemos a experiência de quem já tropeçou e caiu.
      Não há quem possa ensinar sobre o que não tenha aprendido.
      É evidente que, consoante a palavra do Cristo, um cego não pode guiar outro, mas nada há que o impeça de falar ao amigo os perigos de se aventurar, no escuro, em estrada desconhecida.
      Não desconsideremos a vivência dos companheiros que - à custa de dissabores e reveses sofridos -, se transfiguraram em advertências vivas a quem preza viver de maneira insensata.
      Quem nunca chorou não consegue ser consolo para ninguém.
      Quem jamais passou fome não avalia o valor de um pedaço de pão para o faminto.
      Aprendamos a ouvir os que não nos falam com a autoridade da virtude que ainda não conquistaram, mas com a dor que trazem no espírito pelos erros que apenas passaram a identificar depois de muitas desilusões.
      Foi justamente quando, estando a expiar no madeiro, provou o amargo fel da ingratidão humana, que o Cristo falou a respeito do perdão com incomparável sublimidade.
      Ouçamos o que tem a nos dizer o homem de caráter ilibido, que desde o berço, não cometeu o menor deslize em sua trajetória, mas quanto possível, escutemos também aquele que, sob o equívoco de suas mazelas, tantas vezes, enveredou por atalhos inconvinientes, sem desistir de ratificar os passos na caminhada.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

segunda-feira, 25 de junho de 2012

TOLERÂNCIA RELIGIOSA E MEDIUNICA

"Pois quem não é contra nós é por nós"
- Marcos, cap.9 - v.40


      A lição de Jesus sobre tolerância religiosa tem sido esquecida por muita gente.
      E não nos reportamos apenas àqueles que, inadvertidamente, combatem os que pertecem a outras crenças, mas também, e pricipalmente, aos que, por inflexibilidade de opinião, se opõem aos próprios companheiros de fé.
      Numa época na qual, infelizmente, existem muitos médiuns por aí, no Brasil e do Brasil para mundo, considerando-se na condição de... "semideuses", vale a pena meditarmos em alguns trechos da página intitulada "O Médium Ideal", que Odilon Fernandes, devotado amigo da Vida Maior, escreveu em seu mais recente livro:  "O Transe Mediúnico".
      "É inegavel que, do ponto de vista intelectual, os espíritos prefiram como médiuns aqueles que lhes possam atender às expectativas para o que pretendem transmitir. Porém, entre um instumento intelectualmente bem equipado, mas destituido de coração e outro com nítidas limitações intelectuais, todavia rico de sentimentos, escolhem o segundo. 
       O Cristo veio ao mundo para edificar o Reino Divino a partir do coração das criaturas e não propriamente de seu cérebro.
       É preferível um médium que ama a outro que apenas conhece.
       A rigor, para seguir a Jesus Cristo, ninguém carece de se filiar a qualquer crença formal, ou ser médium basta-lhe, que vivenciem o amor que ele nos ensinou.
       Amai a Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a nós mesmo, sendo generosos e caridosos sem ostentação, isto é fazei o bem com humildade.

Dr. Inácio Ferreira trechos dos Livros "Saúde Mental À Luz do Evangelho" e "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

domingo, 24 de junho de 2012

SIGAMOS ADIANTE

"Adimirou-se da incredilidade deles.
Contudo percorria as aldeias circunvizi-
nhas, a ensinar." - Marcos, cap.6 - v.6


      Jesus se admira da incredulidade que encontrou em Nazaré, onde se instalara na companhia de sua família, logo que retornaram do exílio no Egito.
      O Evangelista narra que "não pôde fazer ali nenhum milagre, senão curar uns poucos enfermos, impondo-lhes as mãos."
      Vejamos como a receptividade é importante para que possamos colher as bênçãos do Alto.
       Mesmo Jesus pouco pôde fazer em favor daqueles que, em matéria de fé, quase nada lhe ofereciam.
       Não nos aborreçamos, pois, quando as nossas expectativas espirituais se fustrem junto àqueles de nossa casa ou de nossos círculos afetivos mais próximos.
       Não logrando o êxito esperado em Nazaré, Jesus foi percorrer as aldeias vizinhas...
       O Mestre, ao iniciar a pregação da Boa Nova, não deixou de ser fiel á cidade que o acolhera como filho. Mais tarde, ninguém poderia acusá-lo de ingratidão para com suas origens.
       Os que amamos nem sempre estarão aptos a comprender as nossas opções de crença, com abraçarem conosco os novos ideais que elegemos para a vida.
       Não deixemos de amá-los por conta daquilo que, em nós, ainda não consigam amar e aceitar de imediato, mas, por outro lado, não nos detenhamos na caminhada a esperar, indefinidamente, que eles se disponham a nos acompanhar.
       Ante a sua impossibilidade momentânea, sigamos adiante com Jesus.

       Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

terça-feira, 19 de junho de 2012

O ESPÍRITA VERDADEIRO

      O espírita verdadeiro, identificado que seja com o Evangelho, é gente muito boa.
      É gente humilde, simples, incapaz de magoar a quem quer que seja.
      É gente que não derruba a quem, com dificuldade, esteja procurando se firmar de pé, nem se nega a estender a mão a quem lute para se levantar da queda.
      É gente que não abre a boca para proferir o menor comentário desairoso sobre os outros, consciente que se encontra de suas imperfeições.
      É gente que não faz insinuações maledicentes, não agride, não acusa, não faz campanhas difamatórias contra ninguém.
      É gente diuturnamente preocupada com o bem que possa fazer aos semelhantes, não desperdiçando o tesouro do tempo com o que não lhe mereça a aprovação da consciência.
      O espírita sincero é gente que fica triste quando não consegue adequar as próprias atitudes ao brilho de seu discurso.
      É gente que sabe que não basta saber, porque amar, sim, é imprescindível!
      É gente que não disputa o poder, que não ambiciona ganho pessoal abusivo, que não busca vencer à custa do fracasso de quem elege por rival de suas aspirações.
      É gente que não se mancomuna com o mal e que, por mais proveitosa, rejeita toda aliança com as Trevas.
      É gente que costura para os pobres, que faz sopa, que providencia remédio para os doentes... É gente que dá passes - é gente que ora! É genteque ainda acredita no poder do copinho de água magnetizada... É gente que escreve o nome de alguém no caderno de vibrações do centro espírita, rogando a intercessão do alto em favor desse alguém!
      É gente alegre, dessa alegria boa que contagia o coração de todos, e que os leva a sorrir, mesmo quando queiram permanecer de cara trancada.
      É gente espontânea, que , a procura do essencial, não se perde nos detalhes.
      O espírita que tenta fazer jus à sua condição de discípulo da verdade, é gente da qual todos, sentem tanta falta - quando desencarna ou quando, simplesmente, se vai de nossa presença, privando-nos de sua luz e de sua bondade.
      É gente que nos dá segurança, que nos alimenta a fé, que nos incentiva a sermos melhores do que somos...
      É gente que nos olha com ternura e, sem uma única palavra, embora se esforçando para aparentar pequenez, nos faz perceber de quanto precisamos ainda crescer para sermos qual ele ou ela é.

                                                                 
                                                                 * * *

      Eu tive a felicidade de conhecer alguns espíritas assim, desses que me parecem cada vez mais raros entre nós, mas que - graças a Deus! - ainda existem!
      São difíceis de encontrar, porque não aparecem nos jornais, não se mostram na televisão, não disputam cargos de liderança - até na maneira de se trajar são anônimos! Chamam-se simplesmente José ou Maria, Aparecida ou Joaquim, Teresa ou Chico...
      Ah!, por falar em Chico, eu conheci um que era uma "estrela", mas passou a vida inteira repetindo que era um "cisco"...
      Você o conheceu? Não! Que pena! Até aqui, onde estou agora, eu tenho saudades dele!...
      O Espiritismo, na Terra, sem ele, ficou pobre!

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

domingo, 17 de junho de 2012

FLAGANTE ESPIRITUAL

"... e perguntou-lhe:  Amigo, como en-
traste aqui sem veste nupcial? E ele emu-
deceu." - (Mateus, cap. 22 - v.12)

      Na Parábola das Bodas, Jesus narra o constrangimento pelo qual passou um homem que não se encontrava trajado a rigor para a festividade. Por não estar vestido com a roupa nupcial, o rei ordena aos seus serventes: "Amarrai-o de pés e de mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes."
      Como terá aquele desconhecido enganado a vigilância dos servos do rei e conseguido acesso ao recinto onde as bodas de seu filho estavam sendo realizadas?
      O episódio nos leva a pensar que, pelo que aparentamos ou pelo esmero com que nos disfarçamos, podemos passar, durante algum tempo, sem que sejamos percebidos pelo que realmente somos.
      Podemos, mesmo, chegar a ir muito longe, em nossa tentativa de burlar o julgamento de quantos permanecem à espreita de nossos menores movimento.
      Aquele homem ludibriaria sentinelas atentas, mas não escapara à perspicácia do rei que, percebendo a desonesta manobra, lhe perguntou pelas credenciais que ele não possuía - não estava trajado a caráter para cerimônia de tal envergadura!
      Muitos de nós poderemos, sim, pela nossa capacidade de camuflagem ou mimetismo espiritual, lograr acesso aos sagrados territórios do espírito, como se ali estivéssemos por méritos que, em verdade, não possuímos.
      Notemos, porém, que, antes que as bodas do filho do rei começassem a ser celebradas, inspecionando, meticulosamente, a todos os que estavam à mesa, sem dificuldade alguma, ele flagou o penetra e ordenou que dali fosse retirado.
      Não houve sequer oportunidade  para que ele tentasse se justificaratravés de palavras bem urdidas, tão comuns aos teóricos das letras do Evangelho.
      Porque, surpreendido em seu propósito infeliz, ele simplesmente emudeceu.
      Assim acontecerá com todos aqueles que, por suas obras e tão-somente por elas, não se fizerem portadores da senha de luz que lhes garantirá participar das alegrias e bem-aventuranças na Vida além da morte.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
   
     
     

sexta-feira, 15 de junho de 2012

VIGILÂNCIA

      Os distúrbios nervosos são os maiores fatores de desequilíbrio para um lar, para uma nação, para o Mundo terreno.
      Constituem a preocupação máxima para o corpo médico de qualquer parte, requerendo cuidados constantes dos famíliares, do governo e da sociedade.
      Os Sanatórios especializados, as clinicas, casas e hospitais de recuperações de vicíados, os  consultórios psiquiatricos e de psicologia vivem repletos, e em maior número, ainda, perambulam pelas ruas ou vivem isolados em casa, por falta de amparo.
      Numerosas causas concorrem para esses desequilíbrios - causas perfeitamente aceitas e estudadas.
      A principal, todavia, ainda não é aceita e pesquisada pela Psiquiatria humana porque o convencionalismo religioso ainda é fator para pertubar a sua caminhada e névoa a toldar a sua vista, fazendo com que se desoriente no dédalo imenso do sofrimento humano.
      Essa causa é a reencarnação.
      Sem os recursos por ela oferecidos, a traça da imcompreensão e dos desentendimentos continuará na sua destruição lenta mas inexorável, corroendo os lares - célula mater da nação e do Mundo Terráqueo, requerendo cuidados contínuos   para proteger o alicerce, sempre ameaçado da tranquilidade  e do bem estar.
      Reencarnação - eis o tratado onde a Psiquiatria encontrará as causas e os medicamentos necessários para glorificação da sua luta, nos dias de hoje, sustentada pelo Espiritismo que, qual padioleiro Divino, vai arrebanhando no campo da luta das provações, os que tombam vítimados pelo cansaço, pelo desepero e pela revolta.
      O que, no momento, não pode ser oferecido pelos laboratórios humanos, é provido pelos laboratórios do espaço nos quais os fluidos do sofrimento e da dor, elaborados, nas ruas retortas, são transformados e devolvidos em fluidos luminosos que, iluminando as consciências, levam o homem a conhecer a sublime verdade da sua reforma íntima.
     Séculos e séculos reencarnando e desencarnado sem adquirirmos a n  tão necessária reforma e evolução moral, vamos acumulando doenças que nos arrastão aos subterfugios das nossas próprias sombras, onde colonizaremos obsessões dificeis de serem tratadas.
     Ainda está em tempo de modificarmos este circulo vicioso no mal, consciêntizando-nos nesta reencarnação que só o Amor e a Caridade ao próximo, suprirá todas as nossas necessidades de  caminharmos em direção, da Luz Divina.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Psiquiatria em Face da Reencarnação"

quinta-feira, 14 de junho de 2012

RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE

'Ao passo que os filhos do reino serão lança-
dos para fora, nas trevas: ali haverá choro e
ranger de dentes." - Mateus, cap. 8 - v.12



      Não creiamos que possamos atingir as cumeadas da evlução espiritual, conduzidos apenas pela fé, em sua expressão formal.
      No texto acima, Jesus é claro ao dizer que os "filhos do reino", ou seja, os que se supunham em condições de vantagem sobre os demais, inclusive sobre os céticos, "serão lançados para fora"...
      Em um homem comum, que era centurião, o qual recorreu aos préstimos do Senhor em favor de um criado paralítico, o Mestre afirmou que nem mesmo em Israel havia encontrado uma fé como aquela!
      É óbvio que as suas palavras contrariam profundamente os doutores da lei, que, lotando as sinagogas, viviam debruçados sobre os pergaminhos, discutindo as escrituras sagradas, com esquecimento de seus deveres fundamentais em relação ao próximo.
      A questão não é de religião mas, sim, de religiosidade.
      A fé que não se traduz em ação é simples rótulo.
      Enquanto os que seguiam Jesus, talves estivessem a pleitear bençãos para si, com exclusividade, aquele soldado romano, que não se considerou digno de recebê-lo em sua casa, o procura para interceder por anônimo servo de família.
      A nossa adesão a esta ou àquela confissão de fé, por mais avançados os princípios filosóficos nos quais se alicerça, pouco significa, caso não venhamos a vivenciá-los em espírito e verdade.
      A condição de cristãos nos impõe muito mais deveres que direitos.
      Em parte alguma do Universo, poderemos algo reivindicar fora do mérito que nos reflete as convicções profundas.
      Por mais fervorosa nos seja a fé, o essencial é que sejamos bons.
   
  
Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
    
      
   

domingo, 10 de junho de 2012

OBSESSÃO

      Quando nas lides do corpo carnal, sempre que lia o capítulo XXIII de "O Livro dos Médiuns", intitulado "Da Obsessão', intrigava-me um trecho do parágrafo 245, onde escreveu o Codificador:
"Um destes últimos [espíritos obsessores], que subjugava um moço de inteligência muito limitada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu-nos: Tenho uma grande necessidade de atormentar alguém; uma pessoa que raciocina me repeliria; agarro-me a um idiota que não me opõe nenhuma virtude"
       Certa vez, quando tive oportunidade de dialogar com o Dr. Bezerra de Menezes, que então, se manifestava pela Modesta, questionei sobre o assunto: - "Dr. Bezerra, por que certos espíritos afirmam terem a necessidade de atormentar os encarnados, como se encontra em "O Livro dos Médiuns"? Essa necessidade é física ou moral?"
        Com a bondade que lhe é característica, o venerável Benfeitor elucidou me: - "A necessidade, de maneira concomitante, é de ordem física e moral. Física, porque, infelizmente, tais entidades têm necessidade do psiquismo alheio para nutrirem as suas próprias paixões - muitas continuam a beber e a comer, a sentir prazer, na satisfação dos seus vícios, e o calor da vida através dos corpos que vampirizam, estabelecendo estreita simbiose com as suas supostas vítimas. E também de ordem moral, porque a relação, não raro, envolve sentimentos de rancor e indiferença de parte a parte.
        Hoje neste Outro Lado da Vida, compreendo melhor as colocações do Instrutor, porque tenho oportunidade de observação direta do fenômeno.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

      

quinta-feira, 7 de junho de 2012

ANGÚSTIA

'Ditas estas coisas, angustiou-se Jesus
em espírito e afirmou: Em verdade, em
verdade vos digo que um dentre vós me
trairá' - João, cap. 13 - v. 21


      Jesus angustiou-se, não pela hora do testemunho que se aproximava, mas por Judas, o amigo imprevidente que o trairia.
      Angustiou-se o Divino Mestre, mas não lançou censura sobre ninguém...
      Não condenou o companheiro macomunado com os sacerdotes, já por si mesmo tão infeliz...
      Não proferiu palavras amargas, exigindo qualquer reação de defesa por parte dos demais integrantes do grupo...
      Não se exasperou, acusando de ingratidão aqueles aos quais apenas havia feito o bem...
      Não desertou ao dever, que, se mostrou disposto a cumprir até ao derradeiro instante...
      Enfim, não permitiu que nenhum sentimento menos digno lhe possuísse o espírito.
      Angustiarmo-nos diante deste ou daquele impasse que nos cause tristeza  ou aborrecimento é de nossa condição humana, mormente quando nos sintamos sem ação para modificar o rumo dos acontecimentos em curso.
      Angustiarmo-nos, por exemplo, por um afeto querido que, não nos ouvindo as ponderações nem se sensibilizando com os nossos exemplos, se aproxima do abismo que o tragará em dores idescritíveis...
      A angústia de Jesus não o induziu a subtrair-se ao contexto que culminaria com a sua prisão.
      Sobrepondo a aceitação dos Desígnios  Divinos à angústia que experimentava, sorveria, à última gota, a sua transbordante taça de fel.
      Embora nos angustiemos e nos aflijamos, não fujamos às provas inevitáveis que nos venham a bater à porta, porque somente à custa de submissão aos Superiores Ditames é que conseguiremos diminuir a sua força de impacto sobre nós e supera-las.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

terça-feira, 5 de junho de 2012

PERGUNTA QUE SE IMPÕE

"Que daria um homem em troca de sua
alma?" - ( Marcos, cap. 8 - v. 37)



      Ante os esclarecimentos de que somos imortais, a se tornarem mais patentes com o avanço da própria ciência para além dos estreitos limites da matéria, uma pergunta se nos impõe:
      - Que fazer com nossa própria imortalidade?
      Bastar-nos-á, por ventura, saber que a Vida não termina no túmulo, para que tenhamos todos os nossos problemas existenciais equacionados?
      Como haveremos de mais bem aproveitar o nosso estágio nas diferentes dimensões pelas quais excursionamos, trocando de corpo como permutamos uma veste para outra?
      O que almejamos? Aonde pretendemos chegar?
      Conscientes de que somos os construtores do próprio destino e que a evolução espiritual depende exclusivamente de nosso esforço, que decisões tomaremos doravante?
      Acaso permaneceremos como meros expectadores da luta que nos confere acesso aos Planos Superiores ou lançaremos, igualmente, a continuo esforço de ascensão?
      Em outras palavras, foram estas as perguntas que Jesus endereçou à multidão, quando indagou a ela, nos remetendo a profundas reflexões: "Que daria um homem em troca de sua alma?"
      Todos os bens efêmeros  da vida valeriam por uma só réstia de luz, advinda do conhecimento de nós mesmos?
      Que fortuna amoedada estaria à altura da conquista de uma única virtude?
      Em troca da posse de sua alma - não existe outra espécie de câmbio possível! -, o homem deve se despojar de todas as ilusões.
      No Universo, tudo que é material somente existe em função do espírito, porque, a rigor, todos os seres  e todas as coisas são feitas da mesma essência do Criador.
      Portanto, apartemo-nos da matéria como quem se aparta de uma ilusão ótica, e, sem embaraços e sem peias, sigamos rumo à nossa alta destinação, realizando o Reino de Deus em nós mesmos, aqui e agora.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

sábado, 2 de junho de 2012

OUTRA ENCARNAÇÃO


       Tenho ouvido muitos espíritas repetirem: "Na outra encarnação, fulano há de colher o que plantou..."
       Outros dizem assim: "Na outra encarnação, eu farei as pazes com sicrano..."
       E vai por aí afora: na outra encarnação isto, na outra encarnação aquilo...
       Ora, será que lhes ocorreu que, pensando dessa maneira, estão desconsiderando o chamado tempo de intermitência entre uma encarnação e outra? De que valerá, para o espírito a experiência que medeia entre uma existência e outra no corpo físico?
        Será a vida no Mundo Espiritual no que tange à evolução,completamente nula?!
        Eis algumas perguntas que merecem reflexão: O espírito pode se aperfeiçoar no Mundo espiritual e voltar a Terra em melhores condições? Ele pode, por exemplo, se reconciliar com um desafeto no Mais Além? Pode começar a fazer por Lá, ou seja, por aqui, o que não fez quando encarnado?
        Carlos T. Pastorino, autor de "Minutos de Sabedoria" costumava dizer, e com razão, que o espírita à Vida além da morte como sendo "Outra Vida" quando a Vida é sempre a mesma, ou, por outras palavras. Única!
         A Vida, com a morte do corpo, hora alguma, sofre solução de continuidade - o espírito não para de respirar, de pensar, enfim, de ser o que, essencialmente, é!
         Quem se refere a "outra encarnação", está, como que, inconscientemente, suprimindo as experiências que podem e devem ser vivenciadas na Vida que prossegue, sem alteração, para além das fronteiras do Túmulo.
         Quantos, porém, infelizmente, continuam a se sugestionar, postergando para a próxima experiência no corpo carnal o que devem e podem começar a fazer desde agora - e, caso não seja possível agora, sobre a terra, que se faça possível na Vida imediata, que é esta aqui, onde estou e para onde vocês virão.
         Neste sentido, André Luiz, através de Chico Xavier, começou a nos mostrar um Mundo Espiritual mais humano quanto, de fato, eleé! É que André Luiz, sob o amparo dos Espíritos Superiores, teve que administrar essa transição de uma cultura religiosa antiga para o novo paradigma que o Espiritismo propõe.
         Portanto, meus caros , comecemos à rever, em nossas palestras e ditos cotidianos, esta questão, que, embora não nos pareça, se mostra de suma gravidade em nosso inconsciente, para uma Vida mais plena na Terra e nas Dimensões Espirituais.
         O que não se pode viabilizar sobre a Terra não carece de esperar pela "outra encarnação" para se viabilizar, concordam?
         Se todos os mundos e todas as existências são, naturalmente, solidárias, o Mundo Espiritual não pode ser excluído do contexto evolutivo, e o espírito, mesmo após o seu desenlace, será chamado a fazer o que não fez.
         Com essa história de "outra reencarnação" é que muita gente vem dormir neste Outro Lado, imaginando, com certeza, que aqui seja um berçário ou algo semelhante...Os que fixam a mente na "outra encarnação" ficam pouco tempo por aqui!
         Preparem-se para Vida ativa no Mais Além! Antes de voltar à Terra, em novo corpo, o espírito terá por aqui oportunidades semelhantes às que teve no mundo - oportunidades de trabalhar, estudar e tentar consertar os equivocos cometidos! Isto é possível, sim, porque o Mundo Espiritual é também um campo de ação e reação!
         Espero que, com tão poucas palavras, eu me tenha feito entender.
        
Dr. Inácio Ferreira do Livro "O pensamento Vivo do Dr. Inácio"

quinta-feira, 31 de maio de 2012

SE ASSIM FOI COM ELE

"Pois nem mesmo os seus irmãos criam
nele" - (João, cap. 7 - v.5)


      Joâo é claro, ao dizer que nem mesmo os irmãos consanguíneos de Jesus acreditavam nele - duvidavam de suas palavras e o consideravam insano.
      Se assim foi com o Divino Mestre, não podemos esperar pela compreensão dos que mais amamos em torno de nossas opções religiosas.
      Muitos haverão de descrer da sinceridade de nossas convicções no Ideal que abraçamos.
      Outros escarnecerão das incipientes faculdades mediúnicas que nos esforçamos para exercer.
      Da boca de quem nos seria lícito esperar incentivo, ouviremos ironias na luta que travamos pela própria renovação.
      Seguindo os exemplos do Cristo, não esmoreceremos, porém.
      Não buscaremos outro aplauso que não seja o da consciência tranquila pelo dever retamente cumprido.
      Em vez de aguardar compreensão, compreenderemos.
      Se fôssemos nós em lugar deles, talves também duvidássemos, igualmente entregando-nos à zombaria.
      Há tanto tempo, andamos equivocados, que não podemos mesmo criar expectativas exageradas de aprovação às nossas atitudes do presente.
      Mudança de vida não implica em simples mudança de caminho.
      A fim de nos acompanharem os passos, os que nos observam exigirão maiores demonstrações de que, verdadeiramente, rompemos com o passado.
      Os que nos conhecem mais de perto costumam não perdoar em nós os traços de humanidade mesclados ás virtudes que ainda não conquistamos integralmente.
      Do ponto de vista da consciência, os primeiros a se sentirem incomodados pela pregação e pela vivência de Jesus foram justamente os seus familiares consanguíneos, que preferiram rotulá-lo de desajustado mental em lugar de promover substancial alteração no curso de suas existências.

      Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
    

sexta-feira, 25 de maio de 2012

LAVOURA CULTIVÁVEL

      "Disse ainda: O Reino de Deus é assim
      como se um homeme lançasse a semente à
      terra..." (Marcos, cap.4 - v.26)


      Pelas palavras de Jesus, depreende-se que o Reino de Deus é lavoura cultivável no espírito.
      Ninguém, simplesmente, lança a semente à terra e lhe vira as costas, confiando na ação das forças da Natureza.
      Torna-se necessário defendê-la contra a agressão das ervas daninhas e das intempéries, zelando para que germine, cresça, vindo, depois, a frutificar.
      Enquanto não colhe os frutos da semeadura efetuada, o agricultor não dá por concluída a sua laboriosa tarefa e não descansa a enxada.
      Todo homem é dotado de virtudes em potencial que, evidentemente, para virem a luz, carecem de ser trabalhadas.
      Não há, por exemplo, quem adquira a dificil virtude da paciência, sem que se empenhe na compreensão dos semelhantes.
      Perdoar não é decisão que se tome de maneira extemporânea.
      Servir não se resume à ação isolada de um dia só.
      Ao longo dos séculos e milênios, o homem tem-se devotado, quase que com exclusividade, à cultura da forma transitória em que se expressa no cenário do mundo.
      Poucos são os que realmente entendem que necessitam exercitar a sua própria espiritualidade , como a criança que, a fim de aprender a ler, escreve, reiteradas vezes, as letras do alfabeto.
      Todo avanço, ainda que seja de um milésimo de centímetro por dia, é significativo para o espírito.
      Diminuta luz que se persevera por manter acesa tende a transformar-se em clarão.
      Humilde filete d'agua, a correr entre as pedras, pode vir a ser a nascente de um rio volumoso.
      Além da prática consciente do mal, a única atitude que devemos procurar evitar é a indiferença, pois até mesmo a experiência de vida que redunde em fracasso nos é útil ao despertar espiritual.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"


quarta-feira, 23 de maio de 2012

ALIMENTO DETERIORADO

"... com autoridade ele ordena aos espíri-
tos imundos, e eles lhe obedecem!"... -
Marcos, cap1 - v. 27


       Evitemos aceitar qualquer tipo de provocação que alguém nos faça.
       Não entremos em sintonia com as sombras.
       Tenhamos cautela para não cairmos nas armadilhas em que adversários intentamnos encarcerar a mente.
       Não revidemos ofensas.
       A palavra dita em agressão, se não lhe confirimos importância, morre sem eco.
       Não agasalhemos aos ouvidos a crítica leviana.
       A intenção de quem nos elege por alvo de sua maledicência, no fundo, é a de subtrair-nos ao dever a cumprir.
       Sigamos imperturbáveis à gritaria em torno.
       Quem escolhe ocupar-se exclusivamente do bem não dispõe de tempo para polemizar com quem não sabe fazer outra coisa.
       Imaginemos se Jesus, no intuito de convencer os doutores da lei, sobre a sua condição de Messias esperado, permanecesse retido nas sinagogas em discussão infinda.
       Para afastar do bom caminho o obreiro do Evangelho, o mal age com sutileza e possui incalculável arsenal de artimanhas.
       Desprevenidos, não nos deixemos apanhar de mãos desocupadas.
       Compreendamos que, de paladar viciado, existem pessoas que habituaram a se nutrir, quase exclusivamente, com alimento deteriorado...
       Se não lhes dermos o que comer, elas perecerão de fome!

       Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
      

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PACIFICAR O ESPÍRITO

        "E maravilharam-se os homens dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Mateus, cap. 8 - v.27.
        Narra-nos o Evangelista que Jesus, levantando-se, "repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
        O epsódio nos leva a inferir que os elementos da Natureza foram mais dóceis aos ditames do Senhor que os próprios seres humanos... À sua voz cariciosa, os ventos impetuosos se acalmaram, e o mar, de ondas encapeladas, se aquietou!
        Por que seremos nós, criaturas dotadas de discernimento, menos obedientes ao Senhor que, nos alvitres a dirigir-nos, apenas pretende zelar pala paz e pela nossa integridade?
        Por se inclinar às Leis que as governam, as forças naturais da Vida sobre a Terra, desde o princípio da Criação, jamais entraram em colapso. Os desarranjos que, ultimamente, vêm sendo observados na Natureza é fruto da indébita intromissão do homem.
        Se, acatando os apelos do Cristo, apaziguássemos o mundo interior, contendo emoções que nos afetam o psiquismo, qual o ódio e a cólera, a revolta e a ambição, os estragos que elas podem promover, seriam, com certeza , evitados.
        Quem poderá prever as consequências do mal, quando, ao olvidar as ponderações do bom senso, ele se desencadeia, à semelhança da tempestade em fúria?
        Deixemos que Jesus nos pacifique o espírito, a fim de que, renunciando a todos os atritos inúteis, grande bonança se faça em nosso favor.
        Não nos esqueçamos de que, se, por vezes, o temporal saneia a atmosfera e alimenta os rios, não raro, quando ele cessa, deve o homem iniciar o laborioso trabalho de reconstrução daquilo que foi destruído pelas forças das águas descontroladas e pelo sopro do vento arrasador.

Dr. Inácio Ferreira do livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

O EVANGELHO É REMÉDIO

      A Imperfeição espiritual é a única doença real que nos acomete, com repercussões no períspirito e, em consequência, no corpo físico.
      Curando, pois, as nossas chagas mentais, o Cristo, Divino Médico das almas, restaura-nos a saúde em profundidade, erradicando as causas de todas as nossas mazelas.
       O Evangelho, é remédio para as nossas enfermidades, lenitivo para o espírito e bálsamo para o coração.
        Dr. Inácio Ferreira

sábado, 19 de maio de 2012

EM SEUS FILHOS E NETOS

"Pois nada está oculto, senão para ser
manifesto; e nada se faz escondido senão
para ser revelado." - Marcos, cap. 4 - v.22
 


      São muitas as pessoas que se especializam em vasculhar a vida alheia.
      No intuito de ocultar as suas, querem expor, de público, as feridas morais que dizem respeito às outras.
      Não nos iludamos, porém. Um dia, tudo o que pretendemos esconder em nós, há, espontaneamente, de se revelar. E, então, clamaremos por complacência no julgamento de que formos alvo.
      Jesus, no texto em análise, não se referia apenas à revelação da Verdade pela Ciência, que, gradativamente, solucionará os enigmas da vida no Universo.
      O sentido profundo de suas palavras encontra aplicação em nosso mundo moral.
      Sendo assim, não nos façamos agentes da desventura do próximo, espalhando conversas sobre assuntos que, mesmo correspondendo à realidade , não nos cabe divulgar com o propósito de desmerecê-lo.
      Sejamos benevolentes para com as fraquezas de nossos semelhantes, recordando que, não raro, o que censuramos em outros é passível de censura muito maior em nós mesmo.
      Os que se empenham em detruir a vida de quem seja não sabem que trabalham na destruição da sua.
      Tudo, de bem ou de mal, que fazemos ao próximo, fazemos a nós, como, possivelmente, também àqueles que mais amamos. Sim porque o pensamento é irresistível força, atraindo para o campo de nossa vida todos os acontecimentos, positivos ou negativos, que desejamos aos outros. Quando não em si, muitos recebem de volta, em seus filhos e netos, a alegria ou tristeza, a vitória ou a derrota que fizeram questão de exaltar em alguém.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
  

sexta-feira, 18 de maio de 2012

PERDÃO TODO DIA


        

      Em minha lida no Sanatório, verificava que o problema básico da humanidade, sem dúvida, era concernente à aplicação do perdão.Todos os meus pacientes, não importando qual fosse o diagnóstico, eram almas afligidas pela necessidade de perdoar ou de serem perdoadas.
      A medicina Psiquiátrica, em suas variadas especialidades, não passava, como não passa, de mero paliativo para as dores do remorso que o homem acumula na consciência; enquanto a criatura encarnada não se resolver com seu semelhante, ela desconhecerá a paz e conseqüentemente a vida feliz. Por este motivo, creio, o perdão foi à derradeira lição que JESUS nos deixou...
     Quem não aprende a perdoar, vive sob constantes abalos emocionais, estabelecendo natural sintonia com as entidades que não acreditam na força do Amor.
     

      DR. INÁCIO FERREIRA