quinta-feira, 14 de junho de 2012

RELIGIÃO E RELIGIOSIDADE

'Ao passo que os filhos do reino serão lança-
dos para fora, nas trevas: ali haverá choro e
ranger de dentes." - Mateus, cap. 8 - v.12



      Não creiamos que possamos atingir as cumeadas da evlução espiritual, conduzidos apenas pela fé, em sua expressão formal.
      No texto acima, Jesus é claro ao dizer que os "filhos do reino", ou seja, os que se supunham em condições de vantagem sobre os demais, inclusive sobre os céticos, "serão lançados para fora"...
      Em um homem comum, que era centurião, o qual recorreu aos préstimos do Senhor em favor de um criado paralítico, o Mestre afirmou que nem mesmo em Israel havia encontrado uma fé como aquela!
      É óbvio que as suas palavras contrariam profundamente os doutores da lei, que, lotando as sinagogas, viviam debruçados sobre os pergaminhos, discutindo as escrituras sagradas, com esquecimento de seus deveres fundamentais em relação ao próximo.
      A questão não é de religião mas, sim, de religiosidade.
      A fé que não se traduz em ação é simples rótulo.
      Enquanto os que seguiam Jesus, talves estivessem a pleitear bençãos para si, com exclusividade, aquele soldado romano, que não se considerou digno de recebê-lo em sua casa, o procura para interceder por anônimo servo de família.
      A nossa adesão a esta ou àquela confissão de fé, por mais avançados os princípios filosóficos nos quais se alicerça, pouco significa, caso não venhamos a vivenciá-los em espírito e verdade.
      A condição de cristãos nos impõe muito mais deveres que direitos.
      Em parte alguma do Universo, poderemos algo reivindicar fora do mérito que nos reflete as convicções profundas.
      Por mais fervorosa nos seja a fé, o essencial é que sejamos bons.
   
  
Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
    
      
   

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