domingo, 10 de junho de 2012

OBSESSÃO

      Quando nas lides do corpo carnal, sempre que lia o capítulo XXIII de "O Livro dos Médiuns", intitulado "Da Obsessão', intrigava-me um trecho do parágrafo 245, onde escreveu o Codificador:
"Um destes últimos [espíritos obsessores], que subjugava um moço de inteligência muito limitada, interrogado sobre os motivos dessa escolha, respondeu-nos: Tenho uma grande necessidade de atormentar alguém; uma pessoa que raciocina me repeliria; agarro-me a um idiota que não me opõe nenhuma virtude"
       Certa vez, quando tive oportunidade de dialogar com o Dr. Bezerra de Menezes, que então, se manifestava pela Modesta, questionei sobre o assunto: - "Dr. Bezerra, por que certos espíritos afirmam terem a necessidade de atormentar os encarnados, como se encontra em "O Livro dos Médiuns"? Essa necessidade é física ou moral?"
        Com a bondade que lhe é característica, o venerável Benfeitor elucidou me: - "A necessidade, de maneira concomitante, é de ordem física e moral. Física, porque, infelizmente, tais entidades têm necessidade do psiquismo alheio para nutrirem as suas próprias paixões - muitas continuam a beber e a comer, a sentir prazer, na satisfação dos seus vícios, e o calor da vida através dos corpos que vampirizam, estabelecendo estreita simbiose com as suas supostas vítimas. E também de ordem moral, porque a relação, não raro, envolve sentimentos de rancor e indiferença de parte a parte.
        Hoje neste Outro Lado da Vida, compreendo melhor as colocações do Instrutor, porque tenho oportunidade de observação direta do fenômeno.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Pensamento Vivo do Dr. Inácio"

      

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