quinta-feira, 31 de maio de 2012

SE ASSIM FOI COM ELE

"Pois nem mesmo os seus irmãos criam
nele" - (João, cap. 7 - v.5)


      Joâo é claro, ao dizer que nem mesmo os irmãos consanguíneos de Jesus acreditavam nele - duvidavam de suas palavras e o consideravam insano.
      Se assim foi com o Divino Mestre, não podemos esperar pela compreensão dos que mais amamos em torno de nossas opções religiosas.
      Muitos haverão de descrer da sinceridade de nossas convicções no Ideal que abraçamos.
      Outros escarnecerão das incipientes faculdades mediúnicas que nos esforçamos para exercer.
      Da boca de quem nos seria lícito esperar incentivo, ouviremos ironias na luta que travamos pela própria renovação.
      Seguindo os exemplos do Cristo, não esmoreceremos, porém.
      Não buscaremos outro aplauso que não seja o da consciência tranquila pelo dever retamente cumprido.
      Em vez de aguardar compreensão, compreenderemos.
      Se fôssemos nós em lugar deles, talves também duvidássemos, igualmente entregando-nos à zombaria.
      Há tanto tempo, andamos equivocados, que não podemos mesmo criar expectativas exageradas de aprovação às nossas atitudes do presente.
      Mudança de vida não implica em simples mudança de caminho.
      A fim de nos acompanharem os passos, os que nos observam exigirão maiores demonstrações de que, verdadeiramente, rompemos com o passado.
      Os que nos conhecem mais de perto costumam não perdoar em nós os traços de humanidade mesclados ás virtudes que ainda não conquistamos integralmente.
      Do ponto de vista da consciência, os primeiros a se sentirem incomodados pela pregação e pela vivência de Jesus foram justamente os seus familiares consanguíneos, que preferiram rotulá-lo de desajustado mental em lugar de promover substancial alteração no curso de suas existências.

      Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
    

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