segunda-feira, 21 de maio de 2012

PACIFICAR O ESPÍRITO

        "E maravilharam-se os homens dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Mateus, cap. 8 - v.27.
        Narra-nos o Evangelista que Jesus, levantando-se, "repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
        O epsódio nos leva a inferir que os elementos da Natureza foram mais dóceis aos ditames do Senhor que os próprios seres humanos... À sua voz cariciosa, os ventos impetuosos se acalmaram, e o mar, de ondas encapeladas, se aquietou!
        Por que seremos nós, criaturas dotadas de discernimento, menos obedientes ao Senhor que, nos alvitres a dirigir-nos, apenas pretende zelar pala paz e pela nossa integridade?
        Por se inclinar às Leis que as governam, as forças naturais da Vida sobre a Terra, desde o princípio da Criação, jamais entraram em colapso. Os desarranjos que, ultimamente, vêm sendo observados na Natureza é fruto da indébita intromissão do homem.
        Se, acatando os apelos do Cristo, apaziguássemos o mundo interior, contendo emoções que nos afetam o psiquismo, qual o ódio e a cólera, a revolta e a ambição, os estragos que elas podem promover, seriam, com certeza , evitados.
        Quem poderá prever as consequências do mal, quando, ao olvidar as ponderações do bom senso, ele se desencadeia, à semelhança da tempestade em fúria?
        Deixemos que Jesus nos pacifique o espírito, a fim de que, renunciando a todos os atritos inúteis, grande bonança se faça em nosso favor.
        Não nos esqueçamos de que, se, por vezes, o temporal saneia a atmosfera e alimenta os rios, não raro, quando ele cessa, deve o homem iniciar o laborioso trabalho de reconstrução daquilo que foi destruído pelas forças das águas descontroladas e pelo sopro do vento arrasador.

Dr. Inácio Ferreira do livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

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