quarta-feira, 16 de maio de 2012

MEDIUNIDADE CONSOLADORA

"Sentou-se o que estivera morto e passou
a falar, e Jesus o restituiu a sua mãe." -
(Lucas, cap. 7 - v.15)


      Jesus, compadecendo-se de pobre mãe viúva,que perdera seu único filho, intercepta os que conduziam o seu esquife, toca-o e diz: "Jovem, eu te mando: Levanta-te."
      E restituiu o rapaz aos braços de sua mãe!
      De certa maneira, na Doutrina Espírita, o exercicio da mediunidade consoladora traz de volta os que partiram em demanda da Pátria Espiritual, deixando seus entes amados saudosos na Terra.
      É evidente que somente Jesus possuía o poder de fazer com que os aparentemente mortos tornassem a viver no corpo carnal, perfeitamente reintegrados ao afeto daqueles que estavam prestes a deixar.
      Não obstante, através do intercâmbio entre as Duas Dimensões da vida, a mediunidade, posta a serviço da fé na sobrivivência do espírito, enseja que a voz dos que não morreram volte a ecoar junto aos corações que os pranteiam no mundo.
      Este, talvez, seja um dos aspectos mais belos do Espiritismo - o da consolação! - que, ao reviver o Evangelho em sua primitiva pureza, demonstra que a morte é mera ilusão dos sentidos e que todos, sem exceção, permanecemos entrelaçados na aparente distância que nos separa.
      A mediunidade com Jesus, sem outra preocupação que não seja a de enxugar lágrimas e restaurar a esperança no futuro, merece pois, o nosso respeito e incentivo, através da abnegação daqueles que muitas vezes, suportando o escárnio dos descrentes, se colocam a serviço do amor que desconhece a palavra "adeus".
      Abençoados os medianeiros sinceros que, arrostando inúmeras dificuldades, porfiam no cumprimento do dever quase anônimo a que foram chamados.
      Que sejam eles fortalecidos em seus propósitos de singelos operários da crença na Imortalidade, superando limites em si mesmo para definitivo triunfo da Vida sobre a morte.
     
     Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

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