"Eles atenderam, acomodando a todos"
- (Lucas, cap. 9 - v.15)
Sugestivo este versículo anotado por Lucas, referindo-se à multidão de cerca de cinco mil pessoas que participou da primeira multiplicação dos pães.
Jesus solicitara aos seus discípulos: "Fazei-os sentar-se em grupos de cinquenta".
Vejamos que nenhum dos integrantes da multidão foi excluído pela Bondade do Senhor, como nenhum deles foi privilegiado, em detrimento aos demais.
Que a lição nos sirva de exemplo para que, por nossa vez, procuremos acomodar quantos venham até a nós, desejosos de uma oportunidade de renovarem a vida.
Que a ninguém excluamos pelo seu passado de erros, negando-lhe novo alimento espiritual.
Daquele grupo de cinco mil homens, quantos, talves, mais tarde, participariam do episódio do julgamento do Cristo, optando pela sua condenação à cruz?
Ele, no entanto, não fez acepção de pessoas - em partes absolutamente iguais, todos puderam receber o pão da alma e do corpo.
A casa espírita, pois, deve estar sempre de portas abertas a quem dela venha se valer, e a atitude daqueles que nela militam deve ser de irrestrito acolhimento.
Nada de censura ou de recriminação.
Nem de impedimento, por este ou aquele motivo, seja a quem for.
Ao dirigente espírita constitui sagrado dever atender a todos com espontânea fraternidade.
O Cristo ordenou que os discípulos acomodassem confortavelmente a multidão e, depois, passassem a servi-la, e não, a pretexto de que eram os benfeitores, a serem servidos por ela.
Reflitamos nisto e, também neste campo de nossas atribuições de propagação da Boa Nova, vejamos se estamos cumprindo com o nosso papel.
Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
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