domingo, 18 de novembro de 2012

CARIDADE E DISCRIÇÃO

       "... e lhe disse: Olha, não digas nada a
       ninguém... " - Marcos. cap. 1 - v. 44


      Jesus pede discrição ao leproso que é curado por ele...
      Que diferença, em relação a nós, quando temos oportunidade de prestar aos outros o menor benefício!
      Deveríamos nos envergonhar, quando nos pomos a trombetear o pouco que fazemos!
      Por este ou aquele gesto de caridade em prol dos semelhantes, não nos iludamos a respeito do que ainda somos.
      Ser verdadeiramente bom não se resume a dar esmolas.
      Não se mede o tamanho da virtude de alguém pelo tamanho do cheque que preenche.
      Há quem esporadicamente, faça o bem, na tentativa de aliviar a consciência pelos erros constantes que comete e, talvez, pretenda continuar cometendo.
      A caridade não é bilhete que se adquiri para se alcançar determinada condição espiritual a preço de migalhas...
      Interessava a Jesus ser visto pelos olhos de Deus e não pelos olhos dos homens - por isso recomendou ao leproso que silenciasse.
      Nunca cobremos de ninguém os favores que lhe prestamos como se fosse exatamente nosso intento humilhá-lo com a nossa generosidade.
      Os devederos do próximo somos nós.
      Quem adoece por conta de ingratidão recebida está se colocando na posição do benfeitor que esperava ser reverenciado.
      O dia que fizermos o bem com espontaneidade de quem tem consciência de que apenas repassa uma benção, a Caridade, em nós, verdadeiramente, será Amor.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

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