quinta-feira, 31 de maio de 2012

SE ASSIM FOI COM ELE

"Pois nem mesmo os seus irmãos criam
nele" - (João, cap. 7 - v.5)


      Joâo é claro, ao dizer que nem mesmo os irmãos consanguíneos de Jesus acreditavam nele - duvidavam de suas palavras e o consideravam insano.
      Se assim foi com o Divino Mestre, não podemos esperar pela compreensão dos que mais amamos em torno de nossas opções religiosas.
      Muitos haverão de descrer da sinceridade de nossas convicções no Ideal que abraçamos.
      Outros escarnecerão das incipientes faculdades mediúnicas que nos esforçamos para exercer.
      Da boca de quem nos seria lícito esperar incentivo, ouviremos ironias na luta que travamos pela própria renovação.
      Seguindo os exemplos do Cristo, não esmoreceremos, porém.
      Não buscaremos outro aplauso que não seja o da consciência tranquila pelo dever retamente cumprido.
      Em vez de aguardar compreensão, compreenderemos.
      Se fôssemos nós em lugar deles, talves também duvidássemos, igualmente entregando-nos à zombaria.
      Há tanto tempo, andamos equivocados, que não podemos mesmo criar expectativas exageradas de aprovação às nossas atitudes do presente.
      Mudança de vida não implica em simples mudança de caminho.
      A fim de nos acompanharem os passos, os que nos observam exigirão maiores demonstrações de que, verdadeiramente, rompemos com o passado.
      Os que nos conhecem mais de perto costumam não perdoar em nós os traços de humanidade mesclados ás virtudes que ainda não conquistamos integralmente.
      Do ponto de vista da consciência, os primeiros a se sentirem incomodados pela pregação e pela vivência de Jesus foram justamente os seus familiares consanguíneos, que preferiram rotulá-lo de desajustado mental em lugar de promover substancial alteração no curso de suas existências.

      Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
    

sexta-feira, 25 de maio de 2012

LAVOURA CULTIVÁVEL

      "Disse ainda: O Reino de Deus é assim
      como se um homeme lançasse a semente à
      terra..." (Marcos, cap.4 - v.26)


      Pelas palavras de Jesus, depreende-se que o Reino de Deus é lavoura cultivável no espírito.
      Ninguém, simplesmente, lança a semente à terra e lhe vira as costas, confiando na ação das forças da Natureza.
      Torna-se necessário defendê-la contra a agressão das ervas daninhas e das intempéries, zelando para que germine, cresça, vindo, depois, a frutificar.
      Enquanto não colhe os frutos da semeadura efetuada, o agricultor não dá por concluída a sua laboriosa tarefa e não descansa a enxada.
      Todo homem é dotado de virtudes em potencial que, evidentemente, para virem a luz, carecem de ser trabalhadas.
      Não há, por exemplo, quem adquira a dificil virtude da paciência, sem que se empenhe na compreensão dos semelhantes.
      Perdoar não é decisão que se tome de maneira extemporânea.
      Servir não se resume à ação isolada de um dia só.
      Ao longo dos séculos e milênios, o homem tem-se devotado, quase que com exclusividade, à cultura da forma transitória em que se expressa no cenário do mundo.
      Poucos são os que realmente entendem que necessitam exercitar a sua própria espiritualidade , como a criança que, a fim de aprender a ler, escreve, reiteradas vezes, as letras do alfabeto.
      Todo avanço, ainda que seja de um milésimo de centímetro por dia, é significativo para o espírito.
      Diminuta luz que se persevera por manter acesa tende a transformar-se em clarão.
      Humilde filete d'agua, a correr entre as pedras, pode vir a ser a nascente de um rio volumoso.
      Além da prática consciente do mal, a única atitude que devemos procurar evitar é a indiferença, pois até mesmo a experiência de vida que redunde em fracasso nos é útil ao despertar espiritual.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"


quarta-feira, 23 de maio de 2012

ALIMENTO DETERIORADO

"... com autoridade ele ordena aos espíri-
tos imundos, e eles lhe obedecem!"... -
Marcos, cap1 - v. 27


       Evitemos aceitar qualquer tipo de provocação que alguém nos faça.
       Não entremos em sintonia com as sombras.
       Tenhamos cautela para não cairmos nas armadilhas em que adversários intentamnos encarcerar a mente.
       Não revidemos ofensas.
       A palavra dita em agressão, se não lhe confirimos importância, morre sem eco.
       Não agasalhemos aos ouvidos a crítica leviana.
       A intenção de quem nos elege por alvo de sua maledicência, no fundo, é a de subtrair-nos ao dever a cumprir.
       Sigamos imperturbáveis à gritaria em torno.
       Quem escolhe ocupar-se exclusivamente do bem não dispõe de tempo para polemizar com quem não sabe fazer outra coisa.
       Imaginemos se Jesus, no intuito de convencer os doutores da lei, sobre a sua condição de Messias esperado, permanecesse retido nas sinagogas em discussão infinda.
       Para afastar do bom caminho o obreiro do Evangelho, o mal age com sutileza e possui incalculável arsenal de artimanhas.
       Desprevenidos, não nos deixemos apanhar de mãos desocupadas.
       Compreendamos que, de paladar viciado, existem pessoas que habituaram a se nutrir, quase exclusivamente, com alimento deteriorado...
       Se não lhes dermos o que comer, elas perecerão de fome!

       Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
      

segunda-feira, 21 de maio de 2012

PACIFICAR O ESPÍRITO

        "E maravilharam-se os homens dizendo: Quem é este que até os ventos e o mar lhe obedecem?" - Mateus, cap. 8 - v.27.
        Narra-nos o Evangelista que Jesus, levantando-se, "repreendeu os ventos e o mar; e fez-se grande bonança.
        O epsódio nos leva a inferir que os elementos da Natureza foram mais dóceis aos ditames do Senhor que os próprios seres humanos... À sua voz cariciosa, os ventos impetuosos se acalmaram, e o mar, de ondas encapeladas, se aquietou!
        Por que seremos nós, criaturas dotadas de discernimento, menos obedientes ao Senhor que, nos alvitres a dirigir-nos, apenas pretende zelar pala paz e pela nossa integridade?
        Por se inclinar às Leis que as governam, as forças naturais da Vida sobre a Terra, desde o princípio da Criação, jamais entraram em colapso. Os desarranjos que, ultimamente, vêm sendo observados na Natureza é fruto da indébita intromissão do homem.
        Se, acatando os apelos do Cristo, apaziguássemos o mundo interior, contendo emoções que nos afetam o psiquismo, qual o ódio e a cólera, a revolta e a ambição, os estragos que elas podem promover, seriam, com certeza , evitados.
        Quem poderá prever as consequências do mal, quando, ao olvidar as ponderações do bom senso, ele se desencadeia, à semelhança da tempestade em fúria?
        Deixemos que Jesus nos pacifique o espírito, a fim de que, renunciando a todos os atritos inúteis, grande bonança se faça em nosso favor.
        Não nos esqueçamos de que, se, por vezes, o temporal saneia a atmosfera e alimenta os rios, não raro, quando ele cessa, deve o homem iniciar o laborioso trabalho de reconstrução daquilo que foi destruído pelas forças das águas descontroladas e pelo sopro do vento arrasador.

Dr. Inácio Ferreira do livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

O EVANGELHO É REMÉDIO

      A Imperfeição espiritual é a única doença real que nos acomete, com repercussões no períspirito e, em consequência, no corpo físico.
      Curando, pois, as nossas chagas mentais, o Cristo, Divino Médico das almas, restaura-nos a saúde em profundidade, erradicando as causas de todas as nossas mazelas.
       O Evangelho, é remédio para as nossas enfermidades, lenitivo para o espírito e bálsamo para o coração.
        Dr. Inácio Ferreira

sábado, 19 de maio de 2012

EM SEUS FILHOS E NETOS

"Pois nada está oculto, senão para ser
manifesto; e nada se faz escondido senão
para ser revelado." - Marcos, cap. 4 - v.22
 


      São muitas as pessoas que se especializam em vasculhar a vida alheia.
      No intuito de ocultar as suas, querem expor, de público, as feridas morais que dizem respeito às outras.
      Não nos iludamos, porém. Um dia, tudo o que pretendemos esconder em nós, há, espontaneamente, de se revelar. E, então, clamaremos por complacência no julgamento de que formos alvo.
      Jesus, no texto em análise, não se referia apenas à revelação da Verdade pela Ciência, que, gradativamente, solucionará os enigmas da vida no Universo.
      O sentido profundo de suas palavras encontra aplicação em nosso mundo moral.
      Sendo assim, não nos façamos agentes da desventura do próximo, espalhando conversas sobre assuntos que, mesmo correspondendo à realidade , não nos cabe divulgar com o propósito de desmerecê-lo.
      Sejamos benevolentes para com as fraquezas de nossos semelhantes, recordando que, não raro, o que censuramos em outros é passível de censura muito maior em nós mesmo.
      Os que se empenham em detruir a vida de quem seja não sabem que trabalham na destruição da sua.
      Tudo, de bem ou de mal, que fazemos ao próximo, fazemos a nós, como, possivelmente, também àqueles que mais amamos. Sim porque o pensamento é irresistível força, atraindo para o campo de nossa vida todos os acontecimentos, positivos ou negativos, que desejamos aos outros. Quando não em si, muitos recebem de volta, em seus filhos e netos, a alegria ou tristeza, a vitória ou a derrota que fizeram questão de exaltar em alguém.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
  

sexta-feira, 18 de maio de 2012

PERDÃO TODO DIA


        

      Em minha lida no Sanatório, verificava que o problema básico da humanidade, sem dúvida, era concernente à aplicação do perdão.Todos os meus pacientes, não importando qual fosse o diagnóstico, eram almas afligidas pela necessidade de perdoar ou de serem perdoadas.
      A medicina Psiquiátrica, em suas variadas especialidades, não passava, como não passa, de mero paliativo para as dores do remorso que o homem acumula na consciência; enquanto a criatura encarnada não se resolver com seu semelhante, ela desconhecerá a paz e conseqüentemente a vida feliz. Por este motivo, creio, o perdão foi à derradeira lição que JESUS nos deixou...
     Quem não aprende a perdoar, vive sob constantes abalos emocionais, estabelecendo natural sintonia com as entidades que não acreditam na força do Amor.
     

      DR. INÁCIO FERREIRA

DIVERGÊNCIAS

"Então lhe disse Pedro: Explica-nos a
parábola. Jesus, porém, disse; Também
vós não entendeis ainda?" -  (Mateus,
cap.15 - v. 15 e 16)


      Jesus admirava-se,  por vezes, de nem os próprios Apóstolos poderem atinar com o significado de suas Parábolas.
      E vejamos que o Divino Mestre sempre procurava a maneira mais simples de transmitir os seus ensinamentos.
      O episódio acima, narrado por Mateus, é decorrente do que ele lhes havia dito a respeito dos fariseus, os quais haviam se escandalizado com as suas palavras: "Deixai-os; são cegos, guias de cegos. Ora, se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco.
      Muitos continuam sendo, no mundo, aqueles que não compreendem ou não se esforçam para compreender os fundamentos mais claros com que a verdade se nos revela.
      Embora detentores de titulos acadêmicos ou, então, considerados homens de inteligência privilegiada, não conseguem ou não querem penetrar a essência das lições que o Espiritismo nos transmite.
      E porque não logram ou não lhes convém entendê-las em toda plenitude, rotulam por errônea toda interpretação que lhes escape à perspicácia espiritual.
      Apenas o que lhes obtém o endosso dos interesses, mormente quando de sua autoria intelectual, deve ser levado em consideração e acatado - o resto, para eles, é fruto de mentes doentias...
      Pela nossa notória incapacidade de assimilar, em espírito e verdade, as palavras do Cristo é que, com base nelas, temos nos dividido em diversos seguimentos religiosos e nos apartado uns dos outros.
      Divergimos sobre o que existe para nos unir.
      E o pior de tudo é que, com base no próprio Evangelho, impomos aos outros os nossos equívocos deliberados, assumindo grave responsabilidade  pelos desvios e excessos que os levamos a cometer.
      Porém os pretensos instrutores e os discípulos que lhes acatam as ideias, mais cedo ou tarde, quando caírem "no barranco", ou seja, quando se precipitarem no abismo do desencanto e da dor, despertarão das ilusões que sustentaram em si e fizeram sustentar em seus semelhantes, movidos pela arrogância e pela ambição de hegemonia.

Dr. Inácio Ferreira do livro "O Jugo Leve"


quarta-feira, 16 de maio de 2012

MEDIUNIDADE CONSOLADORA

"Sentou-se o que estivera morto e passou
a falar, e Jesus o restituiu a sua mãe." -
(Lucas, cap. 7 - v.15)


      Jesus, compadecendo-se de pobre mãe viúva,que perdera seu único filho, intercepta os que conduziam o seu esquife, toca-o e diz: "Jovem, eu te mando: Levanta-te."
      E restituiu o rapaz aos braços de sua mãe!
      De certa maneira, na Doutrina Espírita, o exercicio da mediunidade consoladora traz de volta os que partiram em demanda da Pátria Espiritual, deixando seus entes amados saudosos na Terra.
      É evidente que somente Jesus possuía o poder de fazer com que os aparentemente mortos tornassem a viver no corpo carnal, perfeitamente reintegrados ao afeto daqueles que estavam prestes a deixar.
      Não obstante, através do intercâmbio entre as Duas Dimensões da vida, a mediunidade, posta a serviço da fé na sobrivivência do espírito, enseja que a voz dos que não morreram volte a ecoar junto aos corações que os pranteiam no mundo.
      Este, talvez, seja um dos aspectos mais belos do Espiritismo - o da consolação! - que, ao reviver o Evangelho em sua primitiva pureza, demonstra que a morte é mera ilusão dos sentidos e que todos, sem exceção, permanecemos entrelaçados na aparente distância que nos separa.
      A mediunidade com Jesus, sem outra preocupação que não seja a de enxugar lágrimas e restaurar a esperança no futuro, merece pois, o nosso respeito e incentivo, através da abnegação daqueles que muitas vezes, suportando o escárnio dos descrentes, se colocam a serviço do amor que desconhece a palavra "adeus".
      Abençoados os medianeiros sinceros que, arrostando inúmeras dificuldades, porfiam no cumprimento do dever quase anônimo a que foram chamados.
      Que sejam eles fortalecidos em seus propósitos de singelos operários da crença na Imortalidade, superando limites em si mesmo para definitivo triunfo da Vida sobre a morte.
     
     Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

terça-feira, 15 de maio de 2012

ATENDER E ACOMODAR

"Eles atenderam, acomodando a todos"
- (Lucas, cap. 9 - v.15)


       Sugestivo este versículo anotado por Lucas, referindo-se à multidão de cerca de cinco mil pessoas que participou da primeira multiplicação dos pães.
       Jesus solicitara aos seus discípulos: "Fazei-os sentar-se em grupos de cinquenta".
       Vejamos que nenhum dos integrantes da multidão foi excluído pela Bondade do Senhor, como nenhum deles foi privilegiado, em detrimento aos demais.
       Que a lição nos sirva de exemplo para que, por nossa vez, procuremos acomodar quantos venham até a nós, desejosos de uma oportunidade  de renovarem a vida.
       Que a ninguém excluamos pelo seu passado de erros, negando-lhe novo alimento espiritual.
        Daquele grupo de cinco mil homens, quantos, talves, mais tarde, participariam do episódio do julgamento do Cristo, optando pela sua condenação à cruz?
       Ele, no entanto, não fez acepção de pessoas - em partes absolutamente iguais, todos puderam receber o pão da alma e do corpo.
       A casa espírita, pois, deve estar sempre de portas abertas a quem dela venha se valer, e a atitude daqueles que nela militam deve ser de irrestrito acolhimento.
       Nada de censura ou de recriminação.
       Nem de impedimento, por este ou aquele motivo, seja a quem for.
       Ao dirigente espírita constitui sagrado dever atender a todos com espontânea fraternidade.
       O Cristo ordenou que os discípulos acomodassem confortavelmente a multidão e, depois, passassem a servi-la, e não, a pretexto de que eram os benfeitores, a serem servidos por ela.
       Reflitamos nisto e, também neste campo de nossas atribuições de propagação da Boa Nova, vejamos se estamos cumprindo com o nosso papel.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Divino Amigo

      Pensamentos e emoções em conflito podem promover maiores estragos em nosso mundo interior, gerando prejuízos que nos exigiram muito tempo para serem reparados.
      Na maioria das vezes, o sofrimento do homem é consequência de sua própria rebeldia. Blasfema ele em tão grande altura, que abafa a voz suave e doce que lhe fala sobre o valor da resignação, no enfrentamento das provas do cotidiano.
      Não há um só momento em que o Divino Amigo não esteja a dialogar conosco, recomendando-nos calma diante das adversidades.
      Procuremos ouvi-lo e atendê-lo em tudo quanto nos diz.
      Em essência, o que nos falta, a fim de que possamos viver em paz, é maior obediência às palavras do Mestre, que sempre nos fala no imo da consciência com muito Amor.

      Dr. Inácio Ferreira

domingo, 13 de maio de 2012

SESSÃO MEDIÚNICA NO TABOR

      "E eis que lhes apareceram Moisés e
       Elias, falando com ele." - (Mateus, cap.
       17 - v.3)


       O episódio da Transfiguração no Monte Tabor é, sobretudo, um cântico de louvor à imortalidade, em ostensivo intercâmbio mediúnico.
       Pedro, Tiago e João, que acompanhavam Jesus, foram testemunhas de um dos fenômenos mais transcendentes de todos os tempos: transfigurado, o Mestre conversa com os espíritos de Moisés e Elias!
       A menos que se negue a veracidade de todo o Novo testamento, não há como se negar a autenticidade do fenômeno de ordem mediúnica que promoveu a materialização de Moisés e Elias, que, falaram com Jesus.
       Notemos que o próprio Moisés, que , de maneira explicita, censurara o contato com os mortos, conforme se pode ler em "Deuteronômio" capitulo 18, versículo 11, vem ele mesmo revogar a referida proibição, tão evocada por quantos criticam a prática mediúnica no Espiritismo.
       Sobre o Tabor, as portas de contato com o Mais Além, que haviam sido lacradas pelo valoroso legislador hebreu, definitivamente se descerram e o intercâmbio entre encarnados e desencarnados, que jamais se imterrompera de todo, volta a se intensificar.
       A transfiguração de Jesus - "o seu rosto resplandecia como o Sol e as suas vestes tornaram-se brancas como a luz" - é  fenômeno de natureza anímica, que ocorreu através de seu extraordinário poder espiritual, mas as aparições de Moisés e Elias foram legítimas demonstrações de mediunidade, posto que ambos se encontravam do Outro Lado da Vida.
       Talves muitos céticos possam sofismar em torno do assunto, alegando que as figuras de Moisés e Elias não passavam de projeções das mentes de Pedro, Tiago e João e, quiça, do próprio Cristo. Entretanto, como as aludidas "projeções mentais" poderiam ter dialogado com Jesus, inclusive com as suas palavras ouvidas pelos Apóstolos?
       A riqueza de detalhes, no episódio anotado por Mateus, não deixa qualquer margem à dúvida: os espiritos dos supostos mortos, em determinadas circunstâncias, podem estabelecer contato com os considerados vivos.
       A prática mediúnica que acontece nas casas espíritas, na atualidade , descende, pois, da sessão mediúnica ocorrida sobre o Tabor, organizada e presidida pelo Cristo.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "O Jugo Leve"
      

   

sexta-feira, 11 de maio de 2012

EDGAR ALAN POE

      No capítulo 34 do Livro  "Por Amor ao Ideal" o nosso querido Dr. Inácio Ferreira, que havia levantado suspeitas de que o irmão que o procurava em dias nublados ou chuvosos, e, que ele o apelidara de Legião, era materialização do espírito de Edgar Alan Poe.
     Vou transcrever trecho do relato que levou o Dr. Inácio a esta conclusão:
     Apesar da semelhança entre o paciente que me visitava e o famoso escritor, eu não tinha certeza de que os dois fossem o mesmo e, por este motivo, nada comentei com ninguém, nem com dona Modesta. Não queria que pensassem que eu estivesse alucinado e, depois, se, de fato, ele fosse o grande literato, aquele homem disfarçara bem, jamais fornecendo indícios que pudessem identificá-lo...
     Uma vez ou outra, alguns questionamentos me acudiam o cérebro: Por que motivo eu fora escolhido? Como ele viera de tão longe? Espressava-se em português? Há tanto tempo desencarnado, ainda não se encontra na vida de Além-Túmulo? Seria possível o que acontecera? Um agênere me consultar com freqüência, tocar a campainha, entrar no meu gabinete e sentar-se comigo por longos minutos?...
     Certa noite de quarta-feira, quando eu quase já havia esquecido os epsódios, a médium amiga D. Modesta caiu em transe e, após prolongado silêncio, a entidade começou a falar:
     - Alguém aqui me conhece; estive com ele recentemente e estou voltando para agradecer...
     Os meus pêlos se eriçaram e, de imediato, me veio a lembrança daquele homem que, desde o nosso primeiro diálogo, eu achara enigmático.
     Sou eu mesmo prosseguiu. - Sou, Doutor, quem o senhor está imaginando. Eu sou o homem do almanaque, naquele retrato talhado a bico-de-pena, (Um dia à noite, após, atendê-lo, em sua residência , o Dr. Inácio sentou-se à mesa de seu escritório, com o intuito de preparar materia, para  divulgação no tabloíde  "Flama Espirita" e ao abrir uma revista que  pesquisava, encontrou o retrato do Edgar Alan Poe)...Não se assuste. Perambulei, sem rumo, por várias decadas .
     Em verdade eles tiveram vários encontros em um deles, num sábado à tarde, num desses sábados sem luminosidade, com exesso de nuvens escuras no firmamento, bate a minha porta, o misterioso paciente, havia vários meses que eu não o via, sendo, que da última vez em que conversamos, ao sair, ele me disse que o tratasse pela alcunha de "Legião"...
     Vamos entrar cumprimentei sem receio. Apesar de sua estranheza, "Legião" me parecia inofensivo, era alguém querendo um ombro amigo para desabafar.
     Ora, eu escutava gente o dia inteiro: os problemas da alma são muito mais diversificados que os problemas do corpo humano; a alma é um continente inexplorado, um universo muito maior que o próprio universo...
      Cientificamente estudemos as probalibidades deste acontecimento isto é meu (Luiz Celso);
      * Edgar Alan Poe ainda se encontrava perambulando no plano material.
      * Aprendera como se materializar atraves, do ectoplama dos encarnados.
      * Tinha preferencia pelos dias, frios, nublados e chuvosos, é quando o ectoplasma fica mais condensado permitindo, maior tempo materializado, os raios solares e a claridade desintegram-no rapidamente.
      * Este é só o trecho desta interessante história, o Livro é maravilhoso.

Dr. Inácio Ferreira.
  
    

 

  

domingo, 6 de maio de 2012

RESSURREIÇÃO

"Declarou-lhe Jesus: Teu irmão há de
ressurgir." - João cap. 11 - v. 23



      Falando a Marta, irmã de Lázaro, o amigo que, aparentemente, estava morto, Jesus afirma sem vacilar "Teu irmão há de ressurgir".
      Em muitas ocasiões, pais e mães pranteiam os filhos que, se não, propriamente, deixarem o corpo por obra da chamada morte, jazem entregues ao vício, que os anula para a vida.
      Irmãos lamentam irmãos que, em se desviando do caminho do bem, se fizeram delinquentes passando a viver à margem da lei.
      Famílias inteiras costumam se desestruturar por um de seus membros que, acometido por uma crise de insanidade, se transfigura em verdugo permanente daqueles a que passa a usurpar.
      Sem maiores explicações, Jesus fala  a Marta, exortando-a a conservar a chama da esperança acesa no coração.
      A situação de Lázaro era tão drástica, que, à ordem do Senhor para que lhe fôsse arredada a pedra de sobre a porta do túmulo, sua irmã lhe diz: "Senhor já cheira mal, porque já é de quatro dias".
      Conscientizemo-nos de que, para Deus, que não desiste de nenhum de seus filhos, não há caso perdido.
      Narra o Evangelista que, afastada a pesada pedra do sepulcro, Jesus clamou em voz alta: "Lázaro, vem para fora"!
      Para todo espírito, por pior seja  a situação em que se encontre, há sempre de soar a hora de escutar a imperiosa ordem do Divino Mestre. Então, abandonando todos os vícius e pertubações, nas quais, moralmente, se consome, sofrendo e fazendo sofrer, incontinênti, ele se levantará da Tumba espiritual em que se encerra e voltará a viver.
       Lázaro, ressuscitado pelo Senhor, da degradação do túmulo, passou a ser propaganda viva do Supremo Poder, que, por obra da Infinita Misericórdia de Deus, quando toca alguém, faz com que ele ressurja dos escombros de si mesmo para a glória da Vida!

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"

quinta-feira, 3 de maio de 2012

SUBLIME APELO

"Corria já em meio a festa, e jesus subiu
ao templo e ensinava" - João, cap. 7 - v.14


      Em meio à tradicional festa dos tabernáculos, que se realizava em Jerusalém, evidenciando que não tinha tempo a perder, enquanto os homens, distraídos, se regalavam, Jesus subiu ao templo e começou a ensinar.
      A Humanidade, desde sempre, como quem procura afogar a própria mágoa numa taça de vinho, na ilusão de que, assim agindo, fugirá à realidade, em meio a grande algazarra que promove, vive alheia à palavra do Senhor.
       É que, de prazer em prazer, embriagando-se na carne, o espírito não se concede qualquer pausa para refletir em suas necessidades essenciais; todavia, incansavelmente subindo ao templo de sua consciência, no intuito de chamá-lo de volta à lucidez, a voz do Divino Amigo, alteando-se possível,
não se cala...
       Raros, certamente,são os que , atordoados pela balbúrdia reinante em torno, tem a sua atenção despertada para a solitária preleção  de quem, insistentemente, há quase dois mil anos, os convida para a festa que nada tem em comum com as festas do mundo.
       Jesus que, no recinto das sinagogas ou na via pública, não perdia oportunidade alguma para ensinar a verdade, ainda hoje se prevalece da menor chance que entrevê para difundi-la entre as criaturas que prosseguem tentando não ouvi-lo.
       Mas ao ruído estrondoso do progresso material, brindando aos sucessos efêmeros que haverão de passar, o ser humano insiste na tática do entorpecimento dos sentidos, para não assumir, perante as Leis da vida, a sua condição de espírito imortal e autor do próprio destino.
       Não há, porém, festa na carne que dure para sempre... Um dia, triste e enfastiado de sua condição, o homem lançará fora a taça vazia e, esquivando-se ao vozerio da multidão que, sem saber, celebra a própria miséria, atenderá o Sublime Apelo que, seja na consciência de quem for, não ecoa inultimente.


Dr. Inácio Ferreira do livro "Saúde Mental À Luz do Evangelho"
     

terça-feira, 1 de maio de 2012

TRABALHADORES DA ÚLTIMA HORA

      No dia 12 de janeiro de 2010, o Haiti foi arrasado por violento tremor de terra, que, com a força de 30 bombas atômicas como a de Hiroshima, deixou um saldo de milhares de mortos e incalculável número de feridos e desabrigados. No livro "Trabalhadores da Última Hora" de nossa autoria e psicografado pelo nosso querido irmão Carlos A. Baccelli fala sobre os bastidores espirituais da grande tragédia que, dos Dois Lados da Vida, mobilizou centenas de equipes de socorro e resgate aos mutilados e também aos recém-desencarnados, que, de súbito, viram-se transferido para o Mundo Espiritual, inconscientes da própria situação.
      Inclusive, sensibilizado com a provação coletiva do povo Haitiano, mostra como o Espirito de Chico Xavier prosseguindo, no Mais Além, em seu abençoado apostolado em nome do Cristo, na companhia de diversos confrades Trabalhadores da Ultima Hora, organizou e colocou em imediata execução uma tarefa de amparo às vítimas de um dos paises mais pobres do mundo.
      O Evangelho Segundo o Espiritismo do qual nos permitimos transcrever um trecho da página assinada pelo O Espírito de Verdade, Os Obreiros do Senhor:
      Deus procede, neste momento, ao censo dos seus servidores fiéis e já marcou com o dedo aqueles cujo devotamento é apenas aparente, a fim de que não usurpem o salário dos servidores animosos, pois aos que não recuarem diante de suas tarefas é que ele vai confiar os postos mais difíceis na grande obra da regeneração pelo Espiritismo.
      Depreende-se das palavras acima que, entre os trabalhadores da undécima hora, os que foram escolhidos por Deus o serão para trabalhar mais, e não menos, porquanto a verdade é que, sobre a Terra, a grande obra de regeneração pelo Espiritismo está apenas começando.

Dr. Inácio Ferreira do Livro "Trabalhadores da Última Hora"